quinta-feira, 19 de março de 2015

LaVelle Smith





"Michael Jackson era generoso, amoroso, engraçado", diz coreógrafo LaVelle Smith



Já pensou ter compartilhado 23 anos de história - profissional e pessoal - ao lado de Michael Jackson? Nesse quesito, o dançarino e coreógrafo LaVelle Smith Jr. pode tirar onda. Ele conquistou o Rei do Pop com sua ginga durante as audições do clipe Smooth Criminal, música do álbum Bad, de 1987. "No momento em que ele me viu dançando me chamou para suas turnês", diz LaVelle, que esteve no Brasil para ministrar um workshop sobre as danças únicas do ídolo pop e dirigir e coreografar o espetáculo Tributo ao Rei do Pop, interpretado por Rodrigo Teaser, o cover de Michael nº1 do país. 


Smith participou das turnês Bad (1988), Dangerous (1992), History (1996) e também coreografou para o filme de média-metragem Ghost (1996) e para o musical Thriller, Live, além de ter no currículo shows com Diana Ross, Rolling Stones, Janet Jackson e Beyoncé. Ele adianta o que os brasileiros podem esperar da sua estada. "Minhas oficinas são uma oportunidade para os bailarinos aprenderem os passos de Michael Jackson do jeito que ele me ensinou. É uma oportunidade de compartilhar o que sei com os dançarinos de hoje. Acredito que quanto mais você sabe, mais você trabalha. Gosto de ver os rostos dos dançarinos quando eles aprendem um passo do MJ. Acima de tudo, quero que todos se divirtam enquanto aprendem. Quero criar memórias que durarão uma vida, assim como as minhas memórias com Michael serão eternas", afirma.

Confira o papo de LaVelle com a coluna: 

Como você conheceu Michael?

A primeira vez que encontrei Michael estava no set de Smooth Criminal. Fiquei encantando ao vê-lo dançar tão de perto. Ele tinha um nível de dança completamente diferente de todos e colocava o corpo e a alma cada vez que o diretor dizia 'ação'. Eu tinha acabado de mudar para Hollywood, cerca de três semanas antes das audições de Smooth. Fiz o teste e consegui o emprego. Não entendi a magnitude daquilo tudo até subir ao palco. Isso mudou a minha vida.

Michael era exigente nas turnês?

Os ensaios eram muito difíceis. Como dançarino de shows, estou acostumado a ensaios duros, mas era mais do que isso. Fazíamos ensaios gerais com o figurino completo três vezes por dia durante seis semanas. O pensamento de Michael era que, se podemos fazê-lo três vezes ao dia, por que só uma. Michael gostava de aprender as coreografias lentamente e repetir, repetir e repetir. Ele gostava de fazer os passos sem pensar sobre eles e inseri-los em sua performance. Ele amava os ensaios e lutava para sair tudo perfeito.

Como foi a transição de coreógrafo para amigo do Rei do Pop?

Fiz essa transição sem perceber. Durante os mais de 23 anos de trabalho sempre falávamos abertamente sobre tudo e qualquer assunto. Havia uma relação de confiança e em tratar os outros como você gostaria de ser tratado. Sabíamos que nossos segredos estariam seguros um com o outro e isso é uma sensação incrível para com um amigo. Sinto sua falta profundamente.

O que aprendeu com ele?

Algo realmente importante na verdadeira arte: deixar o ego de lado, trabalhar com todos e ser capaz de aprender. É difícil e ainda estou trabalhando nisso... Sou humano.

Qual o maior legado dele?

Seus filhos, mas para o mundo do entretenimento será a sua música e a maneira como ele revolucionou a dança. Michael mudou a dança e a forma como a dança é vista na face deste planeta.

Conte um momento inesquecível ao lado de Michael.

É quase impossível apontar um momento memorável ao lado de Michael, porque há tantos momentos sérios e outros engraçados. Algo que fica na minha mente é sua euforia quando tinha uma ideia ou um passo de dança. Ele era como uma criança no Natal. Novas ideias eram muito preciosas para ele porque ele sempre acreditou que seus fãs mereciam o seu melhor trabalho. E sobre quem ele era realmente, teve uma vez, durante um ensaio em que eu usava um figurino que explodiu no início do número e, sem saber, peguei fogo. De repente vejo Michael correndo em minha direção batendo o fogo das minhas costas. Fiquei deitado olhando a fumaça subir e ele perguntando: 'Você não sabia que estava pegando fogo?.. Nossa, estava mesmo curtindo o momento'. E depois morremos de rir. E certa vez fiquei duas semanas no rancho Neverland apenas dançando, com o estúdio aberto por 24 horas. Tudo o que precisávamos estava lá e se ele não estivesse presente, se certificava de que alguém nos atenderia. Ele era o generoso, amoroso, engraçado e ótimo para se estar ao redor. Gostaria que o mundo soubesse que ele era um grande homem. Ele me ensinou que a dança é um dom, e esse dom requer muita responsabilidade. Você tem que compartilhar esse dom, e ele compartilhou comigo o seu dom da dança e da música. Eu tento fazer isso agora com alguém que realmente queira saber.

Como sentiu a perda de Michael?

Perder um ente querido é sempre triste e doloroso e foi devastador. Realmente tive que descobrir a forma adequada de me lamentar e continuar a honrar o seu legado. Michael me deu tanta informação e é um prazer compartilhar o conhecimento. Michael me mostrou como me apresentar no palco e na frente da câmera, e muitas maneiras de abordar a criatividade. Eu sou superabençoado.

Há artistas que imitam Michael no mundo inteiro, o que chamou sua atenção em Rodrigo Teaser?

Ele tem uma coisa que sempre procurei, o talento e o desejo de homenagear Michael da melhor maneira possível, quase lúdica. Sou grato por Rodrigo ter me chamado para honrar a autenticidade que eu trago para seu projeto. A arte de Michael vive em Rodrigo e sei que as pessoas vão se surpreender.

Fonte: Site da Revista Época



Veja mais uma entrevista com LaVelle Smith



"Quando Michael Jackson começou a segunda fase de sua "Bad World Tour", eu estava tão animado que ela passaria pela minha cidade natal.

Eu disse a minha família, todo mundo estava feliz. Mas quando chegou o roteiro da tour não estava mais, então eu perguntei ao Michael o que houve com a data de Kentucky e ele deve ter notado que eu fiquei triste e alguns dias depois estava de volta na programação.


Eu não podia acreditar. Foi incrível, eu acho que foi o mais nervoso eu estive no palco, tocando para 53 de minha família e amigos da cidade natal.

Isso foi tão gentil da parte dele. A prova de amizade real."

Fonte: Fan Page LaVelle Smith












sábado, 7 de março de 2015

ESPECIAL ROYAL CONCERT BRUNEI


O Royal Concert foi um concerto realizado em comemoração ao 50º aniversário do Sultão Hassanal Bolkiah, no Anfiteatro Jerudong Garden Park em Brunei, no dia 16 de Julho de 1996.

Foi um show com entrada gratuita, totalmente patrocinada pelo governo de Brunei, para os súditos.

Este show foi realizado no intervalo entre as Tours Dangerous e HIStory, por este motivo ele tornou-se ainda mais especial, pois possui elementos das duas turnês.

Vamos agora conhecer um pouco mais sobre este show, (que é o meu favorito since ever rsrs) :)

Primeiro um pouco sobre Brunei:


O Brunei, oficialmente Nação de Brunei, a Morada da Paz ou Estado do Brunei Darussalã, é um estado soberano localizado na costa norte da ilha do Bornéu, no Sudeste Asiático.

Capital: Bandar Seri Begawan
Continente: Ásia
Rei: Hassanal Bolkiah
População: 417.784 (2013)
Hino nacional: Allah Peliharakan Sultan
Governo: República unitária, Estado islâmico, Monarquia absoluta, Monarquia constitucional
Idioma: Melayu Brunei (Brunei Malaio).


Brunei tem o segundo maior índice de desenvolvimento humano entre as nações do sudeste asiático depois de Singapura, e é classificado como um país desenvolvido. De acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), Brunei é classificado em 5º no mundo em produto interno bruto per capita em paridade de poder aquisitivo. A revista Forbes também classificou Brunei como a quinta nação mais rica entre 182 nações, devido à sua extensa área de petróleo e de gás natural.

Curiosidades sobre a Cultura, Política e Costumes:
A cultura de Brunei é predominantemente malaia (refletindo sua etnia), com influências pesadas do Islã, mas é visto como mais conservador do que a Malásia.
A cultura do país é essencialmente derivada do Velho Mundo malaio, que abrangeu o arquipélago malaio e deste surgiu o que é conhecido como a Civilização Malaia. Baseada em fatos históricos, vários elementos culturais e civilizações estrangeiras tiveram uma mão na influência da cultura deste país. Assim, a influência da cultura pode ser atribuída a quatro períodos dominantes de animismo, hinduísmo, islamismo e do Ocidente. No entanto, foi o Islã que conseguiu fincar suas raízes profundamente na cultura de Brunei, portanto, tornou-se um modo de vida e adotou como ideologia do Estado e da filosofia.
Com a Chari (lei religiosaa no país, a venda e o consumo público de álcool são proibidos. Os não-muçulmanos estão autorizados a trazer em uma quantidade limitada de álcool do exterior, quando em viagem, porém apenas para seu próprio consumo. A taxa de criminalidade é baixíssima: nos últimos seis anos ocorreram apenas 3 assassinatos, e o tráfico de drogas é punido com pena de morte.Assim como em todas as nações predominantemente Islâmica, não há separação entre a religião e o direito, todas as leis sendo religiosas e baseadas nas escrituras sagradas ou nas opiniões de líderes religiosos.
O Sultão é extremamente respeitado e adorado lá. Os primeiros integrantes da família Bolkiah, que governaram Brunei datam de 1.428.
* O aniversário do Sultão (motivo do show do Michael no país) é tão importante e comemorado que este dia é declarado feriado.


(Fonte: Wikipedia)


Veja este vídeo de uma reportagem brasileira sobre Brunei:



“Gostamos dele não por causa da casa. Ele é o nosso rei, um rei bondoso, que cuida de nós, que trabalha muito pelo nosso país”, elogia Hajjah Siti, moradora da cidade de Brunei, que ganhou uma casa do Sultão de Brunei.

Para o povo de Brunei, o sultão faz tudo isso, porque é muito bom, generoso. Mas doar para quem precisa é um dos cinco pilares da religião muçulmana. Ela é chamada em árabe de zakat. A doação é uma forma de purificar a riqueza. 


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Royal Concert Brunei

O que se dá o homem que tem tudo? Que tal um show de Michael Jackson? Parece grande o suficiente não é? 

Em 16 de julho de 1996 Michael Jackson foi contratado para se apresentar em um concerto único e especial para o então homem mais rico do mundo, em um reino pouco conhecido, mas fabulosamente rico.
Porém o concerto, foi um presente do Sultão aos seus súditos e não o contrário!
Esta é a história de uma performance brilhante por um Michael Jackson no auge de seus poderes, vindo de um mundo não menos mágico chamado Neverland, lugar onde sonhos não têm limites e você pode ser perdoado por não pensar em dinheiro enquanto cresce subindo em árvores e brincando em rodas gigantes e carrosséis. 

Brunei Darussalam (Morada da Paz) é um estado islâmico rigoroso na ilha de Bornéu, governado pelo sultão, um monarca absoluto e reverenciado como um deus por seu povo.


Michael foi contratado pelo príncipe de Brunei Jefri, - um homem com uma reputação que eles chamam de "Party Prince" (em português o Príncipe das festas), - no topo da lista de festas suntuosas que ele promoveu, está o aniversário de 50 anos do seu irmão, o Sultão Hassanal Bolkiah.










O Rei do Pop recebeu o cachê mais caro da história pago à uma celebridade para cantar em uma festa de aniversário.
(alguns rumores dizem que Michael recebeu 16 milhões de dólares por esta apresentação)

Este foi também o primeiro concerto pop público em Brunei.

Mas o conto de fadas não termina aí -  foi preparado toda uma programação especialmente para a comemoração do aniversário, onde o ponto alto era realização do show de Michael Jackson, que aconteceu no recém-construído anfiteatro bilionário do Parque Temático "Jerudong Park", inspirado no estilo da Disney que, na época do show foi especialmente preparado para receber e manter Michael entretido. Nenhuma despesa foi poupada, o anfiteatro foi construído em tempo recorde para ser possível a realização do show e, com os rumores espalhados por todo o Sudeste da Ásia, os fãs se vieram de longe para testemunhar o show de uma vida.

Neste post vamos apreciar um documentário especial sobre este evento majestoso, a primeira visita de Michael Jackson a distante de terra de Brunei - um playground para os ricos e famosos, onde os sonhos se tornam realidade - e o maior espetáculo de aniversário já realizado, as pessoas que fizeram isso acontecer e, provavelmente, o melhor, mas menos conhecido show da carreira do Rei do Pop. O intitulado: Royal Concert of Brunei.



O concerto de Michael Jackson foi organizado por uma das figuras mais importantes na indústria da música atualmente, Jeff Allen, a pedido do príncipe Jefri, de Brunei. Jeff é um baterista que já tocou com algumas das maiores bandas do mundo, e hoje é um bem sucedido produtor e empresário.
Mas, foi a partir deste show que a sua carreira como produtor começou a ser realmente notável. (conforme informações do site sensible-music.com).
Jeff depois veio a trabalhar com Janet Jackson, Stevie Wonder, Sting, Tina Turner, Whitney Houston, Celine Dione, Elton John, Rod Stewart, Chaka Khan, Michael McDonald, James Ingram , Dionne Warwick e muitos mais, em Brunei, Jacarta, Cingapura, Londres e Estados Unidos.
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O concerto, que aconteceu no intervalo entre as turnês Dangerous e HIStory, apresentou ao público uma montagem diferenciada, onde elementos das duas turnês foram mesclados e onde Michael e sua trupe proporcionaram a todos os fãs sortudos que estiveram presentes um show único.

Michael tinha a idade de 38 e prestes a completar 39 no momento do concerto de Brunei. Mas, mesmo no clima úmido e do calor tropical desgastante, ele demonstrou energia ilimitada e segurou forte multidão de 100.000 (público dentro e fora do anfiteatro) pessoas na palma da sua mão.

O Parque:

Jerudong Park é o maior e mais caro parque de diversões no Sudeste da Ásia, totalmente construído e financiado pelo governo de Brunei por quantias que somam US $ 1 bilhão.
Vale lembrar que, durante seus primeiros anos de operação, Jerudong não cobrava taxas de ingresso no parque, os visitantes poderiam aproveitar o parque gratuitamente. Atualmente o parque é ainda maior do que n
a fase 1. Hoje ele é maior até do que  o Hong Kong Disneyland. As visitas só começaram a ser cobradas recentemente. 
O Parque que abriu as portas pela primeira vez em 1994, foi construído com vários elementos inspirados nos parques da Disney.






(Ainda hoje, músicas de Michael Jackson e Temas da Disney são tocadas em algumas atrações do Parque e também em alguns chafarizes, como conta a história mais abaixo) 

Já o anfiteatro, onde aconteceu o show, foi construído em 1996, em tempo recorde, para o show em homenagem ao Sultão. Como informado por Herb Ramsaier que foi um dos seus designers americanos contratados para a obra.
O anfiteatro, tinha capacidade para 27.500 pessoas, mas no momento do show, telões foram colocados do lado de fora, assim o show foi apreciado por mais ou menos 100.000 pessoas.
Assim como o concerto de Michael Jackson, Jerudong foi um presente do sultão para seus súditos deixando-o livre para todos. Sem taxa de ingresso, não havia bilhetes - em 1996 também nos dias do show, Jerudong abriu seus portões e todas as atrações eram livres. Jerudong foi uma casa para Michael Jackson - sua própria Neverland no Sudeste Asiático.



Uma curiosidade interessante é que o próprio Sultão, o homenageado, não estava neste show. Mas, além de vários convidados e alguns integrantes da família real de Brunei, o Príncipe Charles, que estava fazendo uma visita ao país, assistiu o show. O Príncipe havia participado, mais cedo, de uma partida de Pólo junto com o Príncipe Jefri e os jogadores profissionais da equipe de pólo da Argentina, que haviam voado pra Brunei especialmente para estes eventos em torno do aniversário do Sultão.

Na foto abaixo o Príncipe Charles e o Sultão de Brunei em 15 de Julho de 1996, um dia antes do show.

Um dos presentes especiais:

* A empresa Waltzing Waters®, foi contratada para construir uma fonte que faria parte das homenagens ao Sultão, esta fonte deveria tocar músicas de Michael Jackson, sobre esse tempo, em que Waltzing Waters, esteve no parque para construir a fonte, ele relatou o seguinte:

"Foi muito bom trabalhar em conjunto na programação dessas seleções de músicas de Michael Jackson para fonte musical para o 50º aniversário de Sua Alteza Real, sultão de Brunei.
O anfiteatro que o irmão do príncipe Jefri tinha construído especialmente para homenagear seu irmão, tinha como tema as músicas de Michael Jackson. E a construção ainda estava a decorrer nos dias que antecederam a grande noite do show. Na verdade, quando eu cheguei lá os trabalhadores que tinham sido recrutados a partir de todo o Sudeste Asiático ainda estavam cortando e polindo o mármore e instalando os telões que transmitiram o show para 60 mil fãs emocionados. Waltzing Waters Inc, só tem vídeos deste sistema em sua biblioteca particular. Este projeto foi um desses casos raros em que construímos este tipo de fonte a pedido do cliente. Alguns dos membros da nossa equipe foi para o parque construir o projeto e a partir daí só fizemos a manutenção básica em anos. Os contatamos regularmente com a esperança de mais uma visita."


Veja a fonte e as várias músicas de Michael que ainda tocam por lá:


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* Michael voltou a se apresentar em Brunei, no mesmo anfiteatro, no show de fim de ano, acontecido em 31 de dezembro de 1996, com sua então turnê HIStory Tour.
Na foto abaixo, Michael e os irmãos Cascio e alguns de seus primos se divertem em uma das atrações do parque, antes deste segundo show:



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Os fãs de Michael Jackson em Brunei não podiam acreditar em sua sorte quando foi anunciado que o sultão tinha pago a ele para fazer um show gratuito em Jerudong Park, no novo anfiteatro construído especialmente para o concerto. Era, segundo eles, o primeiro concerto público em Brunei. 
"Michael Jackson chegando a Brunei? Nunca" - disseram sem acreditar.

Mas... ele foi mesmo!


Os fãs foram ao delírio quando Michael saltou de dentro de um alçapão no
 Anfiteatro de Jerudong Park... e mais tarde ver a bandeira de seu país tremular no palco, nas mãos de um dos dançarinos, durante uma das músicas performadas por Michael, foi um momento de muita emoção para todos.




Antes de Michael Jackson, os concertos de música pop eram desconhecidos em Brunei, e a cidade-estado não tinha o equivalente do Hollywood Bowl, Albert Hall ou Wembley Stadium. Depois de Michael, artistas como Whitney Houston e Janet Jackson, também se apresentaram no local.



A comitiva de Michael Jackson estava acostumada a ver o melhor que o dinheiro pode comprar, mas eles estavam sem palavras com os extremos a que o irmão do sultão, o príncipe Jefri fez para que Michael Jackson e seus colegas artistas se sentissem bem-vindos - luminárias de ouro maciço, equipamento de som de primeira qualidade ... um dos músicos da trupe definiu como: uma Caverna de Aladim ... riquezas além dos meus sonhos.


Frankie Cascio, em seu livro "Meu Amigo Michael fez uma pequena citação a viagem para Brunei: 

"Em 1996, Michael tinha feito um concerto para o sultão de Brunei em seu quinquagésimo aniversário. Ele levou a mim, Eddie e Dominic à Brunei com ele. Estávamos hospedados em uma das casas de convidados do sultão.
(Ele tinha cerca de 20 casas de hóspedes, todas compostas com porteiros e cozinheiros, que seriam consideradas casas de luxo nos Estados Unidos.)"


[ Anos mais tarde, Michael lembrou dos dias em Brunei com um episódio muito simples, mas muito significativo para ele, que o deixou muito feliz e em uma conversa com o Rabino Shumuley ele contou:

"Eu me lembro de estar em Brunei para fazer um show para o Sultão e eu estava num hotel. Era o hotel mais bonito que eu já tinha visto na vida e eu estava lá deitado na cama e na TV estava passando o desenho dos Jackson Five, e eu não podia acreditar. Era exibido o tempo inteiro." - os desenhos dos The Jackson Five foi uma das coisas que Michael mais gostou de fazer na vida. ]





O concerto

O show completo nunca foi transmitido na televisão, era um dos itens mais raros em posse de colecionadores particulares; Porém, anos mais tarde a história de como este show chegou a rede foi divulgada por um fã: 

Em 2001, ao encontrar um grupo de fãs na porta do hotel em que se hospedava, Michael lhes deu uma fita original com a seguinte orientação: 
“Divida com o mundo."

Como citado anteriormente, este primeiro concerto em Brunei foi realizado no intervalo entre as duas turnês, por isso houve uma mescla de elementos das turnês Dangerous e HIStory. Estas mudanças foram conferidas nos figurinos, no set list, na coreografia, cenário e também integrantes da equipe.

O Set List:


"Carmina Burana" que era usada na introdução com o vídeo "Brace Yourself"  foi substituída por uma peça de ópera similar, como tinha sido em alguns shows da turnê Dangerous.
Ouça:


Após o som de um sino tocando 3 vezes e o rugido de uma pantera, Michael faz a mesma entrada da Dangerous Tour, saltando de um alçapão no meio do palco. Permanecendo imóvel por alguns minutos.



Para o início do show Michael usou o mesmo figurino da segunda parte da Dangerous Tour, e também começou com a música "Jam". Porém essa versão apresentada em Brunei tinha alguns arranjos diferentes e ela foi mais curta do que a versão anterior apresentada na turnê.

Veja a apresentação dessa música:


Para "Wanna Be Startin' Something'", não houve alteração de figurino, ele foi o mesmo da Dangerous Tour, body dourado e calça preta. Porém, vale lembrar que Michael precisou modificar "certos movimentos" (como por exemplo, o que ele pega em sua virilha, bem comum em WBSS) devido às leis rigorosas em matéria de "gestos sexualmente explícitos". Como resultado, Wanna Be começou com algo que deveria ter sido chamado: Wanna Be Censoring Something rsrs.
Além disso, durante os primeiros dois minutos da música, foi produzido um efeito de fumaça que cobriu todo o cenário de branco dificultando enxergar Michael e os dançarinos, mas ... o show tem que continuar!




"Human Nature" foi apresentada da forma habitual, com Michael cantando ao vivo e fazendo seus movimentos precisos e majestosos (alguns muito parecidos com os que ele faz em Billie Jean). Porém é possível perceber, no começo da música, alguns problemas técnicos (microfonia) com o áudio. Problemas esses, perfeitamente contornados pela linda voz e sorriso de Michael.
Michael interage com a platéia, sorrindo, apontado e mandando beijos os fãs, e o público vai ao delírio:




"Smooth Criminal" é apresentada como na turnê Dangerous, com o mesmo figurino e mesma apresentação de palco, com três cortinas brancas projetando as sombras compridas dos bailarinos, iniciando com uma narração e no meio com apresentação do "The Lean" que já havia sido acrescentado ao show na Dangerous Tour:


My footsteps broke the silence of the pre-dawn hours, 
As I drifted down Bleaker St. 
Past shop windows, 
Barred against the perils of the night. 
Up ahead, 
A neon sign emerged from the fog. 
The letters glowed red hot 
In that way I knew so well, 
Branding a message into my mind, 
A single word, 
Hotel. 



Para interpretar a lindíssima "I Just Can't Stop Loving You", Siedah Garret, que participou da turnê Dangerous, foi substituída por Marva Hicks, uma cantora norte americana nascida em Petersburg na Virgínia. Anteriormente ela já havia feito alguns trabalhos como backing vocal para gravações de Michael, mas sua primeira viagem para fora do país, junto com Michael foi para Brunei.
*Aqui nós fazemos um parênteses para acrescentar algumas coisas que Marva disse sobre o Michael:
"Minha melhor lembrança de Michael Jackson é quando minha mãe ficou muito doente e estava em tratamento intensivo. Estávamos nos apresentando em Sydney, Austrália. No show de uma das noites, eu descobri que ela havia piorado. Michael me puxou de lado, depois do nosso círculo de oração (ele sempre se juntava a nós nesse momento). Michael me agradeceu por fazer o show daquela noite, considerando como eu estava preocupada com a minha mãe. E ele me garantiu que iria me levar para casa o mais rápido possível.
Parti em um voo na manhã seguinte. E no dia seguinte, chegaram flores ao hospital para a minha mãe - de Michael Jackson - e o seu gerente foi instruído a mantê-lo ciente de como estava a recuperação dela. 
Seu amor por sua mãe era evidente em sua bondade para mim e minha mãe. Eu fui autorizada a ficar com minha mãe o tempo que fosse necessário para ela se recuperar. E eu amei cada segundo do show.. Eu sou leal a ele até hoje, por causa de sua bondade.''

Fotos de Michael e Marva Hicks


Em 2007, na festa de aniversário do Reverendo Jesse Jackson, Michael reencontrou Marva, como mostra a foto acima.

Voltando ao show...

Na apresentação de "I Just Can't Stop Loving You" houveram dois erros mais evidentes.
O primeiro quando Michael parece tão empolgado na apresentação que quase canta a parte de Marva, foi quando ele fez um gesto divertido com um rosto como a dizer "por que você não me deixar cantar?" De qualquer forma, ambos estão em completa harmonia um com o outro e cantam este dueto como um verdadeiro relacionamento romântico (a linguagem corporal dela definitivamente mostra isso).
Os dois fazem uma apresentação lindíssima... Assim também parece ter pensado Brad Buxer, o diretor musical da banda de Michael... apresentação tão linda que ele se esquece de parar a base da música no momento em que era suposto fazer (percebe-se que a iluminação também seguiu a programação normal, mas ao perceber o erro, logo reacendem o holofote em cima de Marva). Michael, o perfeccionista, é pego de surpresa mas ele e Marva continuam cantando o refrão de novo, e Michael se volta para Brad cantando: "Brad, what you gonna do? What you gonna do?! Ye-Yea !! "(Brad, o que você vai fazer? O que você vai fazer?!) 

*Curiosidade:algo parecido aconteceu no concerto apresentado na cidade de Liverpool, quando a base da música entra no momento errado e Michael grita o, então responsável pelos efeitos digitais, Chris (
Christopher Currell). Ouça o áudio desse show de 1988:                    
Além de ser um momento muito engraçado, este é um exemplo claro do talento e habilidade de Michael fazendo uma improvisação de urgência, ao terminar a música conforme era feito na Dangerous Tour, quando a "partner" de Michael desaparece na escuridão que é a deixa para a introdução de "She's out of my life" (veja estes momentos citados nos minutos 1:29 e 4:53 do vídeo abaixo)
Apesar destes erros a interpretação dessa música é uma das mais bonitas, a potência vocal de Marva e Michael são um show à parte... mais uma vez um momento emocionante no show de Michael Jackson...
(detalhe para o super mega close de Michael para uma das câmeras)


Veja o vídeo das apresentações de I Just Can't Stop Loving You e She's Out Of My Life:



"She's out of my life" foi apresentada como habitualmente, onde uma garota "de muita sorte" pode subir no palco e abraçar Michael. E, como era de se esperar, por ser um povo muito contido, a garota estava extremamente tímida. 

*Esta foi a última vez que Michael apresentou ao vivo a música She's out of My Life e as músicas  JamHuman NatureI Just Can't Stop Loving You só foram interpretadas novamente nos ensaios de This is it.

Ainda como na Dangerous Tour o set list continuou com o Medley das músicas do tempo de Jackson Five. Porém Michael não usou a jaqueta, como era o figurino, durante a Dangerous Tour.

"Agora vamos dar a vocês os velhos sons da forma antiga!"


Em "I'll be there" um dos poucos momentos de vista do parque, quando Michael é filmado a partir da parte de trás do palco. Esta curta tomada nos permite ver uma vista maravilhosa do parque iluminado à noite com todos os carrosséis brilhando ... parece que Michael estava cantando em Neverland. 

Como o cenário para este concerto não está totalmente equipado, em "Thriller" alguns detalhes são diferentes da versão da Dangerous Tour. Não têm o cemitério com os túmulos e para se "transformar" em um lobisomem Michael sai discretamente do palco e volta com a máscara.



"Billie Jean" sempre foi um dos pontos altos do show e no Royal Concert não foi diferente. Michael executou sua dança magistral com movimentos clássicos, impactantes, energéticos e perfeitos. A versão da música é mais "lenta", mais parecida com a versão interpretada posteriormente na HIStory Tour, do que com as da turnê anterior, Dangerous, porém foi cantada ao vivo. 
No final da dança tem um som "gancho" repetido como de "Why You Wanna Trip on Me", similar a apresentação no MTV Awards de 1995, mas sem a linha de baixo.
Como na Dangerous e na Bad Tour, Michael não fez beatbox antes de cantar o verso final e jogar o chapéu.
O público participa da performance gritando e cantando, mas é curioso ver que, enquanto nos outros concertos os fãs se empurram e se espremem na esperança de pegar o chapéu que Michel joga no final da música, em Brunei, os fãs continuam sentados e até felicitam o sortudo que teve o chapéu de Michael literalmente caindo do céu em seu colo. 




Foi uma das últimas vezes que Michael cantou "Billie Jean" e "Beat it" ao vivo.

Retirada da segunda etapa dos shows Dangerous, "The Way You Make Me Feel" volta ao set list (comparado ao set list da Dangerous Tour, ela substitui Working Day And Night). Porém para esta apresentação, Michael retoma o figurino utilizado na Bad Tour, onde ele começava a música com o seu famoso chapéu fedora. Na HIStory tour ele apresentou essa música, porém com figurino diferente e sem o fedora. A introdução é parecida com a apresentada no Grammy em 1.988. O papel da garota perseguida por Michael foi executado por Marva Hicks.




Intercalando as canções entre, "The Way You Make Me Feel" e "Beat It" o famoso trecho que foi cortado do curta original "Black or White", o vídeo chamado de "Black Panther Dance" (Dança da Pantera Negra), que já havia sido usado anteriormente na Dangerour Tour.


Em "Beat it", a voz é a mesma, o figurino é o mesmo, mas os seus cabelos ...
Neste concerto Michael experimentou pela primeira vez o "look selvagem" em Beat It, mantendo o mesmo visual por toda a HIStory Tour. 
Michael começa a música no guindaste, mas o passeio é curto e não parece ter sido testado anteriormente ... 'melhor você descer antes que seja tarde demais!' Distraído pela sua mudança de estilo rsrs, Michael esquece o segundo verso da canção, e usa palavras diferentes criando rimas que nunca tinham sido ouvidas antes! Mas mesmo assim, muitos fãs gostaram das novas letras ... No final ele tira a jaqueta e joga, como fez na HIStory Tour.




A próxima música é "You Are Not Alone". Ele usa uma camiseta branca, e a mesma camisa semi-transparente e calça preta do vídeo oficial, que mais tarde, na HIStory Tour foi trocada pela famosa calça dourada. Nenhuma menina sobe ao palco para abraça-lo, pois isso já havia sido feito em She's out of my life. (comparado ao set list anterior da Dangerous Tour, You are not alone substitui Will You Be There)




Em "Dangerous", Michael apresenta a versão da coreografia de 1995, apresentada no MTV Music Awards. Seu figurino também é o mesmo dessa apresentação.




Michael usava as caneleiras douradas em "Black or White", em vez das pretas. Ela começou a ser usada neste show antes da HIStory Tour. A performance termina como na Dangerous Tour com um potente jogo de som e luzes, Michael corre e salta pelo palco e termina com os braços abertos, enquanto as luzes se apagam.



Caminhando para o final do show, um das interpretações mais lindas de "Man In The Mirror". O figurino é o mesmo da Dangerous Tour, calça preta e camisa branca com as siglas CTE (veja o que significa CTE aqui). No trecho final, talvez pela projeção do palco, o número chamado "Rocket Man" (saiba mais sobre isso clicando aqui) não é apresentado, ao invés disso alguns integrantes da equipe se juntam a Michael no palco e juntos cantam o coro da música, enquanto Michael repete "I Love You!, I Love You!"... Make that change.



Parecia o final do show, porém como se fosse um "bis" Michael retorna ao palco e faz uma interpretação memorável de "Earth Song"
Apesar de ter a grua neste show, Michael não fez uso dela, como faria mais tarde nos shows da HIStory Tour para as apresentações de Earth Song. Todo o brilhantismo ficou mesmo por conta da emocionante interpretação de Michael. 





No início da música, Michael faz alguns gestos com as mãos, esses gestos são chamados de Mudras ou Mudrás são muito comuns na cultura Indiana. São muito usados no Yoga e nas danças indianas, pois fazem uma reverência a vários aspectos das divindades e da Natureza.

*A palavra sagrada "MUDRA" significa "SELO" em sânscrito. A energia divina que desce para sustentar a vida, é qualificada pelos nossos chakras. O poder do coração, da cabeça e da mão. O coração traz a energia, a cabeça decide o que fazer e como fazer com ela e as mãos moldam e direcionam esta energia para o local de ação.
Entre os significados dos gestos que o Michael fez estão (estes mostrados nas fotos):
Generosidade, compaixão, eliminação de negatividades, proteção, renúncia e eliminação do apego.



Ao final Michael deu ao mundo o que é um dos momentos mais arrepiantes da sua carreira e também das interpretações do mundo pop, cantando versos apenas com o acompanhamento do som do piano, Michael pede num tom clemente: 

"Tell me what about it! Tell me what about it!"


A maravilhosa apresentação termina então com um breve discurso de Michael:

"Eu gostaria de agradecer a Vossas Majestades, Sua Alteza Real, a família real e as pessoas de Brunei por permitir-me o privilégio de performar para vocês, e um agradecimento especial para príncipe Hakeem por organizar esta festa. 
E o mais importante ... Eu amo Brunei! "

Fotos:
(clique na foto para vê-la maior)

























































 










Foto de Michael e o coreógrafo LaVelle Smith, antes do show


Ensaios



Fontes de pesquisa:
 Wikia.com
 MJJ Magazine
 Wikipedia
 MJHideOut
Lipstickalley
Tumblr Michael Jackson Brunei 
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Posted by Michael Jackson Brasil on Segunda, 27 de abril de 2015
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