sábado, 8 de dezembro de 2012

Os figurinos de This is it


Michael definiu tantos momentos importantes de estilos, o qual possuía um estilo próprio que criou ao longo de sua careira. Bom, durante toda a vida de Michael, o seu estilo o acompanhou, ditando moda ou não, criou sua personalidade. Neste post vou falar um pouco sobre o figurino da turnê de  This Is It que infelizmente nunca veremos Michael usar.

Michael Bush trabalhou durante 31 anos como figurinista, fez vários figurinos para Michael ele sabia o que realmente Michael Jackson gostava mais para esse novo trabalho ele trouxe um novo designer de Nova York, Zaldy.

Então Michael Bush e Zaldy criaram as idéias para todos os figurinos de Michael em apertados 2 meses verdadeiros gênios e claro muita competência assim como Michael Jackson confira:


Starting Something

Em “Starting Something” Michael saia de um robô de 3 metros coberto por imagens, foi dai que o figurinista teve a idéia de um traje espacial futurista, o traje e inteiro de cristal Swarovski e acrílico, tem ombreiras e todas as suas peças e os sapatos são feitos por encomenda, os óculos escuros que ele iria usar era coberto por cristais. 



A roupa toda tem três milhões de cristais no total era necessário usar óculos escuros para colocar os cristais, foi gasto milhares de dólares nesse traje.



Medley do Jackson 5

Esse traje era mais casual com canutilhos e cristais nos ombros e na faixa da cintura. Para os sapatos desse traje foram feitas botas com polainas flexíveis para facilitar quando Michael dançava, o paletó tinha um zíper  por trás para facilitar a troca durante o show.



Black or White

O traje de “Black or White” era inspirado nos trajes de samurais que reflete força como a música que tem uma pegada mais forte, o traje feito em couro e tachas niqueladas pesa entorno de cinco quilos. Também foi colocado tachas niqueladas nos sapatos que foram feitos especialmente para Michael, que sempre usava o mesmo modelo de sapato, ele tinha vários do mesmo jeito.



Billie Jean

O traje de “Billie Jean” se manteve fiel ao original que ele usou no show de 25 anos da Motown onde fez pela primeira vez o moonwalker, só que com lantejoulas menores e mais refinadas do que o original. 



Junto com a Phillips os figurinistas criam uma nova tecnologia especialmente para Michael, uma nova tecnologia eletrônica nos tecidos permitindo que a roupa se iluminar-se por completo, fazendo um jogo de cores em forma de arco-íris conforme a música.





Thriller

“Thriller” foi outro traje que se se manteve fiel ao original com alguns detalhes a mais nos ombros parece que tem sangue escorrendo no tecido a calça e incrustada de cristais Swarosvskia. A camisa que fica por baixo do casaco tem as letras MJ pontilhadas em cristais Swarovski.





Heal The World e We Are The World

A idéia era ter um estilo global. O casaco foi feito com técnicas diferente de varias partes do mundo, bordado Chinês, jóias bordadas algo típico da Índia, patch work inspirados em indígenas americanos e o nome em Árabe “CURE O MUNDO”.  As pontas do casaco tem forma de pulseira de vários países, pois Michael adorava usar pulseiras.



Man In The Mirror

“Man In the Mirror” seria o casaco final, que apareceria no show, manteve o estilo militar tradicional de Michael, mas um pouco modificado foi feito varias camadas de massa de cristais Swarovski em alguns pontos do casaco. Michael adorou o casaco. Falou para o figurinista: “É como um tesouro secreto um tesouro escondido”.




O figurino que seria usado na turnê de This Is It provalmente foi o melhor figurino que Michael já teve.

Eram dignos de um Rei uma estrela do rock, eram clássicos de Michael em novas formas, era um figurino e tanto, pena que não chegamos a ter a visão completa deles que seria quando Michael vestisse os figurinos nas apresentações dos shows, mais o que vale e imaginar como ficaria o nosso querido Michael Jackson com essas roupas maravilhosas.



Um tapinha não dói!


[A HIStória de uma foto] - Michael Jackson em ... Um tapinha não dói!



A cantora Siedah Garret relata a curiosa história sobre um ''animado'' Michael Jackson:

- Nós estávamos na Romênia quando em uma certa altura do show , na música ''Work
ing Day and Night'' todos que estavam no palco teriam que parar. Uma noite paralisei flexionada expondo o meu quadril.

O que eu não sabia, é que Michael estava atrás de mim e me deu uma boa palmada no meu 'bumbum'. Eu fiquei como que saltando de uma caixa surpresa! Ele sabia que eu não estava esperando por isso.

O olhar de susto no meu rosto era impagável, enquanto ele ria e dançava a distancia. A seguir, quando o vi, ele me perguntou como eu me sentia sobre isso. A minha resposta? Por que você não usou as duas mãos !


Créditos: MJBeats e Fórum Number Ones

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Discurso de Thomas Mesereau no Seminário de Direito Frozen In TIme



Em 2010, foi realizado um Seminário de Direito para convidados, onde discutiu-se sobre os casos contra Michael Jackson. O que se segue é o discurso de Thomas Mesereau, que defendeu Michael contra as acusações de abuso sexual em 2005. Você pode ler os demias discursos no blog The Untold Side of The Story.

Transcrição de "Frozen in Time: uma fascinante visão dos bastidores dos casos
Michael Jackson" Parte 5

Traduzido por Caroline MJ para o The Untold Side of the Story. Se reproduzir, colocar créditos.

Tom Mesereau: Primeiramente, quero agradecer a Los Angeles County Bar Association por terem me convidado, e este é um grande seminário. Nem preciso dizer que tenho uma perspectiva muito diferente do que acabaram de ouvir. Não acredito por um segundo que seja que Michael Jackson molestou nenhuma dessas pessoas, e 12 jurados em Santa Maria, Califórnia, também não. Eles o inocentaram de 10 acusações criminais e de 4 delitos. Eles não o puderam acusar de nenhum delito. Ele era inocente! Agora, a respeito da mídia, eu sei que não tenho muito tempo, mas contarei a vocês algumas coisas a respeito da minha abordagem à mídia nesse caso. Acabei sendo chamado por Randy Jackson, que eu conhecia havia anos. Randy me ligou e queria que eu me encontrasse com ele e seu irmão. Ele é um cara muito inteligente, e disse a mim: "Não gostamos do que nossos advogados estão fazendo com a mídia. Não confiamos no que está acontecendo." Aliás, ele me disse que na primeira ida à Corte, na qual ele estava presente, alguns advogados saíram correndo do prédio e o empurraram para ficarem em frente às câmeras. Ele não gostou disso, nem achava que era de interesse de seu irmão ter esse tipo de comportamento. Uma das coisas que ele disse gostar em mim e em minha parceira Susan Yu é que não achava que éramos "loucos por câmeras". Ele não achava que éramos o tipo de pessoa que basicamente colocariam seus interesses próprios por fama e dinheiro na frente de seu irmão. E a primeira coisa que aprendi quando me encontrei com ele e com seu irmão foi isso: tome muito cuidado com a mídia. Tome muito cuidado com seu desejo de seduzir, tome muito cuidado com seu desejo de lucrar com a destruição do réu. Seja muito cuidadoso. Ficou claro para mim que jamais ganharíamos uma batalha contra a mídia.



Agora entendo que tenha havido alguma discussão sobre Mark Geragos ter estado na TV, mas vou dizer-lhes uma coisa: a mídia no mundo inteiro estava querendo pegar Michael Jackson. O dinheiro estava sob uma condenação. Berry Gordy, que fundou a Motown, me disse depois do veredito: “Você custou bilhões à mídia mundial por causa desses veredictos. Porque essas coisas de que ele seria condenado, mandado para a prisão, uma sentença - que teria sido a maior sentença na história mundial, isso era algo que eles queriam. Era grande, eram negócios. Estavam fazendo o que podiam para transformar em uma condenação.” E ficou muito claro para mim que você nunca manipularia a mídia, ou ganharia um caso na mídia. E você nem deveria tentar. Porque acho que essa idéia de que a mídia é quem ganha os casos é gritantemente superestimada. Porque a mídia disse que Robert Blake seria condenado, OJ Simpson seria condenado, Michael Jackson seria condenado. Se você é levado a manipular a mídia, pode perder o foco onde ele é realmente importante, que é dentro do tribunal. 13 pessoas: o juiz e o júri. Eu apoiei a ordem de silêncio no caso. Dispensei a idéia do Sr. Geragos a respeito dela. Fiz isso por muitas razões. Primeiramente, em um caso grande, se você está lidando com a mídia, eles podem acabar mesmo com a sua energia. Digo, se particularmente você tem um artista como cliente, que está acostumado a lidar com a mídia. Eles podem querer que você responda a todos esses ataques da mídia, e você pode passar 24 horas por dia fazendo isso, e pode se desviar de sua capacidade de se preparar para o que está acontecendo no tribunal, que é onde casos são ganhos e perdidos. Então, apoiei a ordem de silêncio. Não queria ter que responder aos pedidos da mídia. Não achei que tínhamos tempo para isso. Honestamente, eu não queria que o juiz Melville pensasse que eu fosse uma dor de cabeça. Obviamente, ele queria aquela ordem de silêncio. E o que achei foi: "Por que fazer o juiz pensar que queremos dramatizar tudo e deixar tudo muito mais difícil?" Então, apoiei a ordem de silêncio. Achei que o processo que o juiz Melville queria em ação fosse que se você quisesse fazer uma declaração porque havia algo prejudicial por aí, você apresentaria uma declaração à outra parte e a ele, e haveria uma rápida discussão. O juiz Melville nos deu o telefone de sua casa para que pudéssemos discutir se uma declaração deveria ser feita rapidamente ou não. Ele sempre estava disponível para falar sobre aquela questão. E, como ele disse, nunca se negou. Houve uma troca ou outra de termos às vezes, mas nada de mais. Acho que foi tudo bem. Acho que o único procedimento que ele tinha era para entrar com moções e apelações, que não fossem vistas como lascivas. Você abria seu ato processual original sob sigilo. Poder-se-ia abrir um segundo, que era uma versão redigida do primeiro, que tinha que ser preparado de acordo de acordo com certas diretrizes do juiz Melville e que foram criadas para evitar coisas lascivas. E você tinha que achar um terceiro ato processual, que era uma moção a ser lacrada. Era um procedimento bem único. Achei que funcionou muito bem, e elogio o juiz Melville por essa maneira incrivelmente eficiente de lidar com esse ataque da mídia. Como disse antes, eu nunca tinha tido um caso naquele município, e fizemos alguns levantamentos por telefone através de um consultor de júri para tentar determinar o que as pessoas estavam pensando e sentindo. E, mais uma vez, todos fazemos nosso trabalho quando temos que fazer, mas com todo respeito, aquele acordo foi um peso sobre minhas costas. Descobri isso porque o perfil típico de um jurado pró-promotoria indicaria que aquilo que mais incomodava um jurado era aquele acordo. O sentimento era "quem paga essa quantia de dinheiro se é inocente?"Quando fizemos um perfil do típico jurado pró-defesa, o que mais os incomodava era a mesma coisa! "Por que pagar todo esse dinheiro se você é inocente?" Liberei um comunicado de imprensa e fiz uma declaração pública, com a permissão do juiz Melville, claro. Tive que fazer isso. Aquilo incomodava muita gente. E basicamente disse que o Sr. Jackson havia entrado naquele acordo porque seus conselheiros de negócios o disseram para fazê-lo. Não eram eles que assinariam o cheque. Eles queriam que ele continuasse com sua vida de negócios e parasse de sair do rumo por causa desse processo legal lascivo, e que se arrependesse disso. Era algo que eu tinha que fazer porque, em minha opinião, aquilo estava nos matando. Mas ele tinha motivos para fazer aquilo. Muitas pessoas achavam que os 20 milhões de dólares não eram nada perto do que ele possuía, do que tinha, e do que poderia ganhar no futuro. Entretanto, isso incomodava muita gente. Então tive que falar a respeito.



A mídia estava constantemente tentando se envolver. Constantemente, tentando chegar a mim através de várias pessoas, vários meios. Nunca esquecerei a ligação de um idiota, que conseguiu o número do meu celular, e não sei quem era. Ele foi muito, muito direto. Ele disse: "Se você me der alguns documentos quentes, te digo quem no gabinete da promotoria está dormindo com a mídia!" Eu disse: "Não me importo com quem estejam dormindo! Há uma ordem de silêncio!" E desliguei. Mas houve tentativas constantes de tentar lucrar em cima desse caso. Linda Duetch, por quem tenho um grande respeito, que é uma grande repórter de julgamentos do Associated Press, que começou com o caso Manson, ela acompanha quase todos os grandes casos desde então. Ela me disse que foi uma experiência terrível. Disse que odiou o julgamento Jackson. Ela morava em um hotel nas redondezas. Disse que nunca havia ouvido tanta exaltação do fato de que lucrariam em cima desse caso, e isso realmente a perturbava; a extraordinária tabloidização sobre tudo o que acontecia no caso. Enfim, ao apoiar a ordem de silêncio, pude dizer a Michael e a sua família que não podia falar sobre aquilo, que teríamos que ganhar o caso na Corte e que não éramos permitidos. Foi um grande alívio para mim, poder seguir aquele rumo porque, como eu disse antes, você pode ganhar esses casos nos júris, mas não os ganha na mídia, em minha opinião. Você quer se preocupar com a mídia. Você quer colocar boas informações para fora se puder. Você quer ficar por cima se puder. Mas não se deixe levar muito por isso. Perde-se o foco. Começa a achar que é sobre você. Não é sobre você; é sobre seu cliente. E acho que lidamos muito bem com isso.



Susan Yu, minha co-conselheira e parceira de advocacia, tinha seu próprio apartamento não muito longe do tribunal. Boa distância dos hotéis. Eu tinha o meu apartamento. Nossa equipa tinha seus apartamentos. Tínhamos um duplex, que chamávamos de sala de guerra, e basicamente éramos um campo armado. Nem próximos da mídia, nem próximos dos hotéis. Minha programação era ir para a cama às 19:30, 20 horas, e acordar às 3 da manhã. Nunca era visto em um restaurante, nunca visto em um bar, ninguém conseguia tirar uma foto e tentar me colocar em uma posição comprometedora. Eu não fiz isso. Susan ia para a cama muito cedo, se levantava às 3 da manhã, sua equipe ficava acordada a noite toda, às vezes, atualizando livros de testemunhas. E era assim que vivíamos. Vivemos um tipo de existência muito disciplinada, muito reservada e focada durante o julgamento que foi de quase 5 meses. Durante o curso do caso, devo dizê-los, nunca vi tantas testemunhas darem depoimentos tão lascivos e perturbadores, nunca vi tantas testemunhas desmoronarem tão rápido sob interrogatório! Provavelmente, nunca mais verei isso. Quer dizer, quase virou um circo. As pessoas se sentavam ali e diziam que tinha visto as coisas mais horrendas do planeta. Ficava um clima pesado no tribunal. Podia-se quase cortar o silêncio com uma faca. E sob interrogatório, elas simplesmente hesitavam. Agora, vou dar-lhes um exemplo generalizado do que estou falando. A promotoria apresentou evidências de que cinco jovens haviam sido molestados separadamente do acusador do caso. E todos os especialistas diziam: "Essa lei na Califórnia é tão dura, tão severa, não dá para sobreviver a ela. Uma vez que evidências de outro caso similar entram, você está morto, não importa o que tenha acontecido" Bem, começamos nosso caso com três desses cinco jovens que alegaram terem sido molestados, e todos disseram "ele nunca me tocou". O quarto nunca apareceu, e se tivesse, acho estávamos bem preparados para lidar com ele. E esse é o cliente de Larry Feldman. Há muitas outras questões que entram nesse caso sobre as quais não tenho tempo para falar a respeito. Mas vamos dizer que tive muitas informações para ir atrás dele, sem mencionar o motivo do lucro. “Por que você aceita dinheiro, e não vai à polícia e abre um processo? Particularmente, se você for membro da família, você prefere receber dinheiro em vez de a polícia e promotores irem atrás de você criminalmente?” O que isso lhes diz a respeito da situação? O quinto jovem era um suposto "pastor da juventude" que alegou que Michael havia ter feito cócegas nele pelo lado de fora da calça, e que havia precisado de 5 anos de terapia para lidar com seu trauma. E, aliás, ele queria milhões de dólares, sua mãe queria, e sua mãe vendeu histórias aos tablóides. Então, são eles, as cinco pessoas que a promotoria alegou terem sido molestadas, além desse acusador.



Aliás, de novo, Ron tem uma opinião muito forte a respeito disso, e eu também. O homem era inocente! O acusador nesse caso por quem Ron tem tanta afeição, e é com certeza um privilégio dele, em minha opinião, e acho que provamos isso, havia ajudado sua mãe em uma falsa acusação de assédio sexual contra as lojas JC Penney. Ele era uma criança que havia deposto sob juramento para respaldar a alegação dela de que havia sido sexualmente atacada em um estacionamento por seguranças, e nós provamos que isso era completamente, absolutamente falso! Conseguimos a informação na delegacia. Ela não tinha um hematoma sequer no corpo, ou um fio de cabelo fora do lugar, e disse que não precisava de atenção médica. Ela surgiu algumas semanas depois com fotografias mostrando todos os seus hematomas. E nós tínhamos uma assistente da firma de advocacia que a representou no caso, que ficava me ligando às lágrimas. Ela se sentia devastada sobre o que fazer. Ela disse "Essa mulher me disse que isso nunca aconteceu. E estou com medo de perder o emprego." Um dos advogados da firma testemunhou, acabou abrindo mão desse privilégio, e disse que havia falado com essa mulher a respeito desses eventos. Ela disse ter sido atacada, mas nunca disse que sexualmente até o depoimento. Ele disse que foi a primeira vez que ela veio com aquela história. Ele ficou chocado! Tenho que dizer a vocês que há outro lado, ou um júri muito conservador em Santa Maria, Califórnia, não teria inocentado Michael Jackson tão absolutamente e completamente. Veja, esse jovem, sabe, foi autorizado a dizer o que queria, e ele pode estar indo bem, mas acho que foi pego em muitas mentiras, muitas contradições. Tínhamos um vídeo em que ele e sua família dizem “isso nunca aconteceu”. Temos o áudio gravado de um investigador, onde dizia “isso nunca aconteceu”. E, de repente, as supostas datas do abuso mudaram para depois do vídeo.



Inicialmente, os promotores estavam alegando que o assédio havia começado em certa data, e quando essa evidência foi descoberta, eles colocaram as datas para depois da evidência. Quer dizer, foi como "vamos ajustar ao que temos, e assegurar que vamos em frente com esse caso", em minha opinião. Sei que vamos falar sobre a seleção do júri, mas tenho que dizer a vocês que foi uma seleção rápida. A maioria das pessoas pensa que em casos com grande divulgação, você fica por meses investigando os antecedentes de todo mundo, mas foi em um dia e meio depois de transtornos. Deixei de lado metade de meus prazos e simplesmente participei do comitê, o que pareceu chocar algumas pessoas. Quer dizer, o objetivo não é usar seus prazos; o objetivo é conseguir a melhor comissão de jurados que puder! é para isso que você está lá. E achamos que tínhamos conseguido um que seria particularmente justo. Mas houve algumas decisões controversas que haviam sido feitas ao longo do processo. O julgamento foi agonizante. Deve ter havido 140 testemunhas ou mais testemunhando lá. O juiz Melville era um burro de carga. Estávamos lá cinco dias por semana. Raramente houve dias obscuros durante o julgamento. Eu gostava daqueles horários com pequenas pausas ao invés de apenas uma longa para o almoço. Achei que se encaixou bem com nossa capacidade de voltarmos e nos prepararmos para o próximo dia. Mas foi doído, agonizante. A mídia, o jeito como noticiavam o caso, era simplesmente notável! Eles ouviam um depoimento lascivo, e os repórteres corriam para fora e o noticiavam! Eles não esperavam pelo interrogatório, na maioria das vezes, ou queriam ignorá-lo. O objetivo deles era audiência e renda, o que já era de se esperar porque eles não são nada além de negócios. O objetivo deles era vê-lo destruído. Em relação a controle do cliente, esforços para o cliente, esse foi o melhor cliente que Susan e eu já lidamos. O problema eram as pessoas em volta dele. O pobre Michael Jackson sempre atraiu um grande número de um tipo muito desonesto que tentava se aproveitar dele. Tentavam fazê-lo achar que eram amigos, e depois o enganavam. Estavam sempre se esfregando em nós, advogados sempre tentando se aproximar dele, sempre tentando criticar o que fazíamos. às vezes, eu sentia que estava em guerra mais com a minha própria área do que com qualquer outra, porque nunca se sabia quem chegaria através de Neverland através de quem, para tentá-lo convencê-lo que as coisas estavam indo mal, e que ele precisava deles. Mas o que acontece com celebridades frequentemente é isso: as pessoas querem ficar em torno deles e tentam criar um motivo pelo qual sejam necessárias. O que tentam fazer é desequilibrar a celebridade, deixá-la insegura, aterrorizada, e assustada. Eles criam motivos pelas quais são necessárias, e não querem que os motivos sejam resolvidos porque senão não serão mais necessárias. Então, basicamente, estão sempre tentando manter seus argumentos fracos para manter a celebridade desequilibrada, assustada, e criar uma razão pela qual deveriam estar ali, e Michael era provavelmente o maior alvo desse tipo de coisa que já vi.



A primeira testemunha da promotoria era o Sr. Bashir. Achei que ele foi um desastre para a promotoria. Ele estava insistindo no Privilégio Jornalístico. Ele não respondia perguntas básicas que não poderiam prejudicá-lo se ele as quisesse responder, e ele simplesmente não respondia. E, basicamente, o que eu fiz foi decidir como acho que a maioria dos bons interrogadores faz, contar a minha história através de minhas perguntas. E fiz a ele perguntas longas, como “Não é verdade que Michael Jackson disse a você que jamais tocaria sexualmente em uma criança, que nunca faria aquilo, blá blá blá?” E ele insistiria no privilégio, e então eu fazia minha próxima pergunta: “Não é verdade que quando você confrontou Michael Jackson com A, B, C, D, e E, ele te disse que nunca, jamais faria algo assim?” “Não é verdade que você disse a ele que ele é um pai maravilhoso, etc?”, e assim por diante. Muitas pessoas com quem falei por todo o país ficaram surpresas que a promotoria pôde passar o documentário dele, mas tenho que dizer que Michael Jackson era inteligente o suficiente para ter seu próprio câmera naquelas entrevistas, e havia partes editadas que Bashir manteve fora de seu documentário que pudemos passar para o juiz Melville, porque basicamente os promotores tiveram sua chance com um bando de rumores muito seletivamente editados, e nós tínhamos nossas partes que ficaram de fora do documentário também, e ele negou cada alegação, e disse que cortaria seus pulsos antes de machucar uma criança. Acho que muito do que a promotoria tentou fazer, pudemos neutralizar simplesmente colocando sob uma perspectiva diferente. Os promotores que ouvi hoje à noite disseram que "ele dormia com meninos, ele dormia com meninos, ele dormia com meninos". Bem, mostramos que ele dormia com mães, ele dormia com irmãs, ele dormia com todos os tipos de pessoas porque elas dormir no quarto dele, que é quase tão grande quanto esse prédio. A promotoria queria pegá-lo da melhor maneira que podiam, e eu compreendo isso, mas acho que a pessoa que escolheram como vítima, como acusador, e particularmente a família daquela pessoa, foi realmente um desastre para eles. Eles levantaram uma acusação de conspiração de que Michael Jackson havia planejado uma conspiração criminal para sequestrar crianças, cometer extorsão, e falsamente aprisionar a família. Michael Jackson não podia nem imaginar esse tipo de comportamento, que diria orquestrá-lo. E o que aquela acusação fez a eles, eu não posso entrar nas mentes dos promotores, mas aí vai o que acho que estavam fazendo, é que permitiram que a mãe, que era de fato a chave para muito do caso, trouxesse boatos conspiratórios como exceção. Isso permitiu que eles intimidassem testemunhas que estavam em Neverland porque eles ficariam com medo de ser acusados de conspiração. Grande conspiração aqui! A única pessoa que acusaram foi Michael Jackson. Ninguém mais foi indiciado. Ela traz testemunhos de rumores e as testemunhas que podem negar isso estão aterrorizadas, então eles arranjam advogados. Além disso, faz Michael Jackson parecer esse guru "mafioso", que ele sequer é capaz de ser. Mas a qualquer custo, o julgamento foi em frente, e houve toneladas de surpresas. Na maioria das vezes, fiz meu interrogatório de maneira longa. Alguns demoraram dias, e um deles demorou 4 dias. Decidi que havia tantos fatos em nosso favor para neutralizar essas testemunhas, particularmente esses acusadores, que eu soube que não havia como essas pessoas durarem, não havia como aguentarem os fatos. E não acho que tenham aguentado mesmo. Tínhamos um júri muito responsável que ficou fora por 7 ou 8 dias. Foi o veredicto correto. Aguardo, ansioso, as perguntas. Obrigado.




sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Quando Michael se Tornou Michael

REI DA DISCO: Jackson cercado por dançarinas no Studio 54, em 1977

No final dos anos 70, o príncipe do pop era um ícone adolescente prestes a desaparecer. Mas foi aí que ele descobriu como fazer o mundo dançar

por POR ROB SHEFFIELD
O maior sucesso dos Jacksons em 1979, "Shake Your Body (Down to the Ground)", começa com um tremor nos pratos, um piano grave e o baixo deslizando de um alto-falante para o outro. Tito Jackson experimenta sequências em staccato na guitarra. E então Michael Jackson solta os primeiros gritos e suspiros de sua voz adulta, nova em folha. Está vendo aquela garota ali? Michael não consegue dizer se ela repara nele, se ela o reconhece, se ela até mesmo se lembra de que ele fazia parte de um grupo infantil chamado Jackson 5. Tudo o que ele sabe é que precisa chegar perto, então ele desliza até ela na pista de dança com alguns dos melhores versos iniciais da música disco em todos os tempos: "I don't know what's gonna happen to you, baby, but I do! Know! That! I! Love ya!" [Eu não sei o que vai acontecer com você, querida, mas eu sei/ que / eu / te amo!]
Essa música chegou ao sétimo lugar das paradas no último trimestre de 1979 e foi mais do que o ponto de transição da carreira de Michael Jackson - sob muitos aspectos, ela é o ponto de transição da música pop nos últimos 40 anos. Se houve um momento em que Michael cresceu e se transformou em Michael Jackson, foi esse. Em "Shake Your Body", ele soa to- talmente confiante - embora fosse um astro infantil muito assustado, emocionalmente devastado e aba- tido, cujo último grande sucesso ocorrera anos atrás - compondo e produzindo sua própria música pela primeira vez. Ele não sabia, mas estava a apenas um ano de Off the Wall, o disco solo que fez dele a criatura mais querida e desejada do universo pop.
Os anos disco foram o único período em que Michael Jackson teve relativa tranquilidade - pela última vez em sua vida, ele era apenas mais um famoso. Qualquer que fosse o critério, ele estava levando uma vida exuberante, em uma fantasia hollywoodiana: fazendo amizade com estrelas como Elizabeth Taylor e Liza Minnelli, representando o Espantalho em O Mágico Inesquecível, com Diana Ross, saindo com Tatum O'Neal, dançando no Studio 54. Era um menino estranhamente inocente na época da luxúria tipo Boogie Nights - Prazer sem Limites [filme de 1997], intocado por se sexo ou drogas, apesar da complacência maníaca em torno dele, uma testemunha de Jeová perdida no templo do prazer. Seu zoológico particular cresceu da mesma forma que sua coleção de amigos famosos; ele provavelmente era o único virgem na agenda de Freddie Mercury. Todos gostavam de ter aquele garoto por perto - mas ninguém tinha como saber que aquela fase era só o aquecimeto.
Os dois discos dos Jacksons que surgiram nesse período, Destiny, em 1978, e Triumph 1980, são clássicos que ofereceram um vislumbre fascinante de Michael experimentando suas ideias em um ambiente familiar, inventando o som que explodiria em Off the Wall e Thriller. Mas eles são também um documento de sua identidade inquieta como um dos irmãos Jackson aprisionado na armadilha dos negócios familiares, um mega-astro forçado a continuar fingindo que é a penas mais um membro da banda, ainda morando na casa cercada de grades, no condomínio de seu pai.
Perto de 1973, os sucessos secaram para o Jackson 5, e os garotos foram dados como acabados. Quem quer o chiclete de ontem? O sucesso no retorno, "Dancing Machine" - que chegou ao segundo lugar em 1974 -, deve ter parecido pura sorte para a velha guarda da Motown, mas provou ser profético. O som disco era novo em 1974, e "Dancing Machine" apresentou ao mundo o estilo robô, que os Jacksons levaram ao circuito de talk-shows da TV, dançando-o com Cher e no The Merv Griffi n Show.
Os Jacksons trocaram a Motown pela CBS Records em 1975, deixando para trás o "5", pois Berry Gordy afirmou que o nome era propriedade dele. Os recém renomeados Jacksons também deixaram para trás Jermaine, que tinha se casado com a filha de Gordy e continuara na Motown para começar sua carreira solo. Com "Dancing Machine" como estratégia de fuga, parecia que os Jacksons estavam se preparando para se tornar um fenômeno familiar pop bem fofinho, como The Sylvers, DeFranco Family ou Captain and Tennille. Eles foram ao The Carol Burnett Show para apresentar seu novo - mas já qualificado - integrante: Randy, o caçula dos irmãos Jackson e um talento musical florescente.
Eles também tiveram um par de fracassos com Gamble e Huff, produtores de soul da Filadélfia, que escreveram canções para os rapazes e só permitiram que Michael compusesse duas músicas por álbum. O álbum The Jacksons tem alguns bons momentos - o sucesso "Enjoy Yourself", que chegou ao Top 10; o funkrock "Think Happy", com sua guitarra pré-"Beat It"; estreia de Michael na composição, "Blues Away". até a letra S na capa poderia ser confundida com dando aos fãs uma dica de quem eram aqueles caras. A pressão para salvar o império da família estava esmagando Michael, agora um adolescente alto, desajeitado e mudando de voz. Alguém que fosse à mansão dos Jackson pela primeira vez perguntaria próprio se sabia onde estava o "pequeno e adorável Michael". Os irmãos Jackson tiveram um programa de variedades na rede de TV CBS, mas ele durou pouco. No início de 1977, Michael conversou Andy Warhol para a revista Interview. "Ele está bem alto agora, mas tem uma voz realmente aguda", escreveu Warhol em seu diário. "Ele não sabia nada a meu respeito - achou que eu fosse poeta ou coisa parecida."
Os Jacksons finalmente assumiram o controle artístico em Destiny, compondo e produzindo álbum todo, com exceção do primeiro single, Blame It on the Boogie", composto por um obscuro cantor inglês de disco chamado (por incrível que pareça) Mick Jackson. "Boogie" teve um sucesso razoável, mas o álbum realmente pegou fogo alguns meses depois, quando "Shake Your Body", de Michael e Randy, começou a sacudir milhões de corpos. Destiny foi um trabalho fantástico, combinando o implacável avanço da disco com o calor romântico da voz de Michael. antes de começar a trabalhar com colaboradores importantes como Quincy Jones ou Rod Temperton, Michael tinha descoberto o som de Michael Jackson. E as baladas - alguém reparou que elas eram um grito de socorro? Em "That's What You Get (For Being Polite)" e "Bless His Soul", ele continua cantando sobre bons rapazes que são explorados por todos à volta deles. Na música-título, ele anseia por fugir ("I've tasted the city life, and it's not for me / Now I do dream of distant places" [Eu experimentei a vida na cidade, mas não é para mim / Agora sonho com lugares distantes]). Comovente, vindo de um rapaz de 20 anos.
O astral do álbum é ingenuamente alto. A contracapa tem a pintura de um pavão, com um poema escrito por Michael e Jackie: "Of all the bird family, the peacock is the only bird that integrates all colors into one, and displays this radio of fi re only when in love. We, like the peacock, try to integrate all races into one through the love of music" [De toda a família das aves, o pavão é o único pássaro que combina todas as cores em uma, e só exibe esse raio de fogo quando ama. Nós, como o pavão, tentamos unir todas as raças em uma por meio do amor à música]. Ainda codirigidos pelo pai, os irmãos dedicam a gravação à mãe e, na imagem da capa interna, posam na mesa de edição do estúdio. Todos sorriem confiantemente, exceto Michael, que parece relutante. Menos de um ano depois, Off the Wall fez de Michael o maior astro da música pop, mas ele ainda estava preso a um grupo que não podia abandonar - eles tinham o mesmo sangue, e não só isso. Assim, imediatamente após Off the Wall, ele voltou ao estúdio para gravar Triumph, fazendo de conta que era apenas mais um dos irmãos. Dá para perceber a confiança dele surgir em Triumph - é o mesmo que notar como Al Pacino está diferente nos dois primeiros filmes O Poderoso Chefão, sabendo-se que ele teve um sucesso solo no intervalo, com Serpico.
Os Jacksons voltaram à música disco nesse trabalho - os singles tiveram enorme sucesso nas paradas de R&B, mas nunca chegaram aos 20 primeiros lugares do pop, como se fosse uma retribuição ao dedicadíssimo público negro que continuara a ouvi-los quando a massa pop tinha desistido. "Can You Feel It" sugere que eles ouviram muito rock progressivo, como se tivessem jogado alguns álbuns da banda Electric Light Orchestra em um liquidificador, com pitadas de Earth, Wind and Fire. "Heartbreak Hotel" (uma canção original, não uma cover de Elvis Presley, mais tarde renomeada para "This Place Hotel") é um aperitivo do frenesi paranóico das tietes que Michael em breve exploraria como uma das marcas registradas de suas composições.
Depois de Thriller, a família, naturalmente, voltou a entrar em contato. Em 1984, qualquer pedaço de plástico com um pouco da magia de Michael Jackson era sucesso garantido: Jermaine levou Michael para cantar em "Tell Me I'm Not Dreamin", a irmã Rebbie emplacou um sucesso chamado "Centipede", e Kennedy William Gordy, velho amigo da família, mais conhecido como Rockwell, contou com a estrela de Michael na brincadeira "Somebody's Watching Me". Mas os fãs se indignaram com a turnê e com o álbum Victory assim que eles foram anunciados - parecia que Michael estava sendo forçado a participar de um projeto familiar e que os irmãos estavam atrapalhando a atuação dele. Dava para ver a insolência deles no onipresente comercial da Pepsi: os outros Jacksons achavam que eram tão bons quanto Michael. Victory acabou sendo uma enorme bagunça, motivo de chacota desde o dia do lançamento. Além do alegre dueto com Mick Jagger, "State of Shock", Michael mal aparecia no disco. Ele também cantou com Jermaine em "Torture", de Jackie, e contribuiu com a descartável "Be Not Always". Michael chegou a trabalhar com Freddie Mercury, do Queen, em faixas para Victory e há uma versão demo em que eles cantam "State of Shock" juntos.
Os Jacksons não tocaram músicas de Victory em sua badaladíssima turnê, mas viraram manchete pelos preços estratosféricos dos ingressos (US$ 30!), e todo o projeto virou um símbolo da arrogância dos famosos. O pior é que a única celebridade do grupo não era arrogante o bastante para dizer não. Victory representou o fim de linha para os Jacksons. O único outro álbum que fizeram foi o ignorado 2300 Jackson Street, de 1989. Destiny e Triumph foram ofuscados pelo rolo compressor solo, e enterraram tesouros que a maioria dos fãs de Michael nunca ouviu. Sob vários aspectos, representavam o som de Michael lutando para se libertar do passado. Podia-se ouvir em sua voz que ele sabia o que era se sentir rejeitado e abandonado pelo mundo da música. Podia-se ouvir, também, que ele estava determinado a que aquilo nunca mais acontecesse.


VESTIDOS PARA O SUCESSO: (A partir da esq.) Tito, Jackie, Michael, Jermaine e Marlon, em 1975, ano em que deixaram a Motown

Com o Village People e as atrizes Valerie Perrine e Jane Fonda, em 1979

Com Diana Ross, em 1978, na festa de lançamento do filme O Mágico Inesquecível.

Michael Jackson, em 1981, com Andy Warhol. Eles se conheciam desde 1977, quando Warhol entrevistou Michael.


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