''Lembro de conversar com Michael entre as tomadas da filmagem de ''Scream''. Você deixa de prestar atenção em sua aparência incomum muito rapidamente, e ele era um cara bacana, muito aberto e de fácil conversa. Sem dúvida, era excêntrico. Mas, para minha surpresa, era carinhoso, curioso, divertido e nem um pouco temperamental. Ele realmente concentrava a atenção em você, o que é algo encantador. Ele queria saber sobre minha religião, minha infância, se eu sabia nadar...
Falamos sobre nossos filmes favoritos. Fiquei impressionado com seu conhecimento sobre cinema estrangeiro. Minha mãe visitou o set de filmagens e, imediatamente, Michael a encantou, pedindo que ela segurasse seu casaco enquanto ele filmava. Dava nela um caloroso abraço e um beijo, a cada dia que deixava o local. Minha mãe o tomou como seu mais novo melhor amigo.
Chegando o momento de atuar para as câmeras, a transformação desse cara relativamente comum em um super-ser, possuído por uma divindade, era algo realmente impressionante, metafísico - difícil de compreender plenamente.
A oportunidade de vivenciar o fenômeno de seu dom a apenas alguns metros de distância me deu calafrios. Foi o deleite de toda uma vida! Ao longo daqueles dez dias de filmagem, eu senti como se tivesse o único, o maior trabalho do mundo. E eu acho que, talvez, realmente tenha tido.
- por Mark Romanek, diretor do curta-metragem ''Scream''
Fonte: MJ Beats
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