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quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

DANGEROUS WORLD TOUR


Michael Jackson Perigosamente Perfeito

Dangerous World Tour, também conhecida como Heal The World Tour.

Data de início27 de Junho de 1992
 Munique,Alemanha
Data de fim11 de Novembro de1993
 Cidade do México,México

Número de
apresentações:
40 na Europa
19 na Ásia
5 na América do Sul
5 na América do Norte
69 no total

A turnê, patrocinada pela Pepsi, tinha como objetivo, não apenas divulgar o mais novo álbum do astro na época, mas também arrecadar fundos para Heal the World Foundation — fundação sem fins lucrativos criada pelo cantor em 1991 para dar voz, garantir cuidados médicos, condições de vida digna, alimentação saudável e educação de qualidade à crianças carentes de todo o mundo — e sensibilizar o mundo para a preservação da natureza, incetivo para paz,  harmonia e tolerância mundial.




Em 3 de fevereiro de 1992, antes de iniciar sua nova turnê Dangerous World Tour, Michael deu uma conferência de imprensa na Radio City Music Hall, em Nova York, onde ele fez uma declaração em agradecimento ao patrocinador desta nova turnê - novamente a Pepsi-Cola - e anunciou a criação de seu "Heal The World Foundation" ("HTW"), que juntamente com o Camp "Ronald McDonald" e "Make A Wish Foundation", luta contra a AIDS e diabetes juvenil.



Este foi o discurso de Michael:

"Boa tarde. Gostaria de agradecer a Pepsi-Cola Corporation por patrocinar a Dangerous Tour, que pretendemos lançar em junho. A única razão que saio em turnê é para arrecadar fundos para a recém-formada Heal The World, uma instituição de caridade infantil internacional que estou criando para ajudar as crianças e a ecologia.


Meu objetivo é conseguir cem milhões de dólares para o Natal de 1993. Peço a todas as empresas e pessoas que se preocupam com este planeta e o futuro de nossas crianças, que ajudem a arrecadar dinheiro para a instituição de caridade "Heal the World". A Fundação irá contribuir com o financiamento contra a AIDS infantil em honra ao meu amigo Ryan White.


A Fundação "Heal The World" também irá fornecer um apoio para instituições valiosas como o Ronald McDonald Camp, Make A Wish Foundation, Children Diabetes, Minority Aids Foundation e outras instituições de caridade.


Estou ansioso para começar essa turnê, porque me permitirá tempo para visitar as crianças em todo o mundo, assim como para propagar a mensagem de amor global, com a esperança de que outros também se sintam comovidos a fazer a sua parte para curar o mundo. Obrigado por terem vindo. Eu os amo muito. Obrigado a todos."






Veja o vídeo deste momento:




O anúncio coincidiu com um novo acordo firmado entre Michael e a marca de refrigerantes, calculada em US$20 milhões, para patrocinar a turnê:
  • Público total estimado em mais de 3,5 milhões de fãs ao redor do globo.
  • Arrecadou cerca de $136 milhões (fazendo desta a turnê de maior arrecadação e de segundo maior público de todos os tempos, superando em arrecadação a turnê anterior de Jackson, a Bad World Tour (1987-89). )

Michael doou todo o dinheiro obtido com a "Dangerous" World Tour aos projetos da "Heal the World" Foundation e para outras instituições de caridade.



Infelizmente, devido a conturbados problemas pessoais e a esgotamento físico, Michael teve de cancelar a turnê pouco depois da metade da mesma, apesar do cantor ter mantido o objetivo de reverter todo o lucro (incluindo sua parte na arrecadação) da turnê para a caridade. 



Além de passar pela Europa e Ásia (embora o cronograma original da turnê também incluísse América do Norte, África e Oceania), foi a única turnê do cantor que passou pelo Brasil, bem como pela América Latina. Os dois shows em solo brasileiro, em São Paulo, nos dias 15 e 17 de outubro de 1993, no Estádio do Morumbi — embora um show no Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, fora cogitado pela produção do cantor e pelos produtores brasileiros da turnê, mas foi cancelado devido a problemas técnicos — teve uma audiência total estimada em cerca de 200 mil pessoas.



Veja matéria especial sobre a passagem do Michael pelo Brasil clicando AQUI e AQUI 



Para se montar o palco usado para a Dangerous Tour necessário mais tempo do que o da Bad Tour. Isto foi visto na programação da excursão, onde um número considerável de concertos foram performances one-stop. Equipamentos, que no total pesava mais de 100 toneladas, necessitou de duas aeronaves Boeing 747 (o maior avião do mundo, na época) e caminhões múltiplos para o transporte de cada local.



Abertura do Show:



Dangerous foi repleto de shows pirotécnicos e efeitos especiais. 

O concerto começava com um golpe de ilusão, desenvolvido pelo cantor e apelidado de "Big Toaster" (ou "Torradeira Gigante", em tradução para o português), o momento acontecia após o toque dos sinos e o rugido de uma pantera (que indicavam ao público que o show iria começar), então Michael era impulsionado de dentro de uma espécie de "alçapão", localizado embaixo do palco (e que se abria quando o cantor era impulsionado e fechava imediatamente após sua passagem pela abertura), graças ao uso de uma pequena catapulta. Uma versão similar do "Big Toaster" foi usada por Jackson quando ele se apresentou no intervalo do Super Bowl de janeiro de 1993, em Pasadena, na Califórnia.

Veja o momento aos 30 segundos deste vídeo:





Algumas fotos do momento:






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O momento "Estátua"


Após saltar diante do público, Michael ficava por 4 minutos completamente paralisado. Até que em um movimento como que em "slowmotion" ele tirava seus óculos, jogava para longe e então após um grito começava o show performando a música "JAM".

Sobre o momento "estátua" Peter Morse (Designer de Iluminação Dangerous Tour) disse:

"Um dia nos ensaios, Michael estava pronto para praticar o número de abertura e ele veio treinar o que chamamos de 'torradeira' onde ele sai voando para fora de um buraco e o chega ao chão em ambos os pés. Ele estava vestindo seu terno icônico metálico com os óculos escuros e cabelos longos com um olhar rígido, olhando para longe. O primeiro dia ele fez isso com cerca de 50 membros da parte técnica e os bailarinos assistindo e ele ficou lá por cerca de quatro minutos. Ficamos todos olhando nervosamente um para o outro, perguntando o que ele estava fazendo. Então, ele lentamente levantou a mão, pegou os óculos escuros e os jogou para longe. Parecia paralisado para sempre e, em seguida, ele fez um spin kick e a música começou. Então é claro que eu estou querendo saber por que ele resolveu fazer esta pausa tão longa. Bem, a razão é que ele sabia exatamente quanto tempo ele precisava manter essa pose para a multidão. A primeira vez que fizemos isso ao vivo na frente do estádio de Munique a sua pausa foi exatamente, em cada segundo, a mesma quantidade de tempo que ele estava fazendo em ensaio, e a multidão estava indo a loucura. Ele simplesmente sabia. "
(Leia mais:
 Aqui)


Um Show de Ilusionismo:

Na primeira etapa, realizada de junho a outubro de 1992, a transição de "Thriller" para "Billie Jean" era um truque de ilusionismo. No final da performance de "Thriller", o cantor é "preso" por seus dançarinos-zumbis em um caixão, que acaba desaparecendo com o cantor dentro. Jackson então aparece cerca de um minuto depois, vestido inteiramente de "Billie Jean", para a peformance da canção, onde o palco em nível elevado, bem acima da plateia, vai descendo lentamente. (Esta ilusão do palco foi removida na terceira etapa da turnê, realizada a partir de 1993). Outro truque veio durante a transição de "Workin' Day And Night" para "Beat It", aonde Michael se senta em uma cadeira aparentemente comum (e é amarrado com cordas por seus dançarinos) e, um lençol cobre o cantor, sendo retirado segundos depois, então ele desaparece. Cerca de alguns segundos em seguida, Jackson já aparece em uma grua sobre o público, caracterizado com o figurino de "Beat It".

Neste vídeo amador, apesar da pouca qualidade da imagem, podemos ver bem esse show de ilusionismo na transição de Thriller para Billie Jean:



Veja também estes momentos nos vídeos a seguir:

 




Final:

Cada concerto terminava com um dublê. Era o ator Kinnie Gibson, que secretamente, ficava no lugar de Jackson quando o cantor se ajoelhava por trás de uma plataforma. Vestindo um traje de astronauta idêntico ao que Michael usava (e um capacete que impedia que o público visse seu rosto), Gibson voava para fora do estádio, com um foguete e cintos de segurança. Este número era chamado na turnê de "Rocket Man"
Veja uma matéria especial com Kinnie Gibson clicando AQUI


Veja este momento no show:


*Este número era frequentemente cortado do set list, devido as condições do tempo então Michael terminava o show com "Heal the World".

Foto registra Michael Jackson em apresentação de ''Bad'' no primeiro show da ''Dangerous World Tour'' em 1992 na Alemanha.


** O set list original da primeira etapa incluiu canções "Bad", ''The Way You Make Me Feel'' mas estes foram retirados após o oitavo concerto em Oslo, Noruega. No entanto, estas duas canções foram reinseridas para as quatro primeiras apresentações em Tóquio, no Japão, em dezembro de 1992.

(fonte: Michael Jackson Brasil)




Algumas Curiosidades Sobre Os Figurinos:

O figurino fixo de Michael no show,um "body" dourado por cima de uma calça preta, conforme informações de Michael Bush, foi inspirado em um uniforme oficial de esgrima, muito comum na Inglaterra. Ele foi confeccionado em várias cores, mas Michael acabou escolhendo a dourada, pois segundo ele, as luzes refletiam melhor nesta cor.
O figurino era chamado de Leothong.

Segundo informações de Michael Bush (estilista do rei do pop), este "body" estava entre um dos figurinos favoritos do Michael.


Nas palavras de Michael Bush:



"Os europeus reconheceram imediatamente este equipamento como sendo um uniforme de esgrima, mas os americanos não estavam cientes do que havia influenciado a peça. Os americanos estavam chateados com a "cauda", da alça ajustável na parte de trás da camisa de esgrima de Michael.

A fivela na parte inferior da camisa de esgrima ficava por baixo do cóccix, de modo que quanto mais se apertasse a cinta, mais longa ficava a "cauda". Os americanos pensaram que tinha sido um erro ou uma distração, mas nada do que fizemos para Michael foi por engano. É dessa forma que o uniforme tradicional é usado.

Na verdade, essa cauda era a parte favorita de Michael, neste figurino. Movia-se loucamente quando ele dançava e se tornava uma extensão dele. Mas acima de tudo, foi o detalhe sobre o qual ele se perguntava se alguém iria notar. E, para sua satisfação, eles o fizeram!" 
(créditos desta tradução Blog Cartas para Michael)


As outras cores confeccionadas:




Uniforme oficial de esgrima: 







Detalhe da "Cauda" do figurino
 


Esta roupa foi utilizada durante quase todo o show e foi usada, tanto na primeira, como na segunda e terceira etapa da turnê. 
Veja no vídeo, Michael se apresentando com este figurino:


Figurino de abertura:
O figurino de abertura 
variava de uma etapa para outra. 






Abaixo, desenho original do uniforme usado no início do show na Dangerous Tour. 
Nele várias marcações sobre detalhes de cores e materiais e também uma inscrição: "usar para o Super Bowl"


Mais um desenho do traje:



Ao desenvolver o figurino da turnê, juntamente com sua equipe de estilistas, Jackson foi influenciado por uniformes militares.

Para o primeiro, segundo e terceiro shows da turnê, realizados respectivamente em Munique e Roterdã, Jackson usava um uniforme preto com três cintas de ouro trancada (utilizada, posteriormente, para a terceira etapa da turnê, já em 1993). Ele também usou este traje no show do intervalo do Super Bowl.

Sobre as jaquetas de abertura da turnê Michael Bush uma vez respondeu a seguinte pergunta:

MJJC: Qual foi a peça mais cara de roupa que foi feita para o Michael? Foi a jaqueta de prata da turnê Dangerous usada em "Jam” e você pode descrever o processo envolvido nisso? MJ tinha falado sobre ele ter uma climatização especial interior, uma espécie de "clima controlado" que o faria ficar bem em dias quentes, frios ou chuvosos. Havia mais de uma jaqueta especial feita para Michael?

MB: As histórias acerca de recursos de clima controlado não são verdadeiras. Fizemos roupas com tecidos diferentes, formas e acessórios para trabalhar dentro das temperaturas ou em ambientes nos quais ele estivesse.
A segunda versão da Jaqueta era toda brilhante com um efeito furta-cor, porém também com os cintos transpassados e braçadeira que lembravam o estilo militar.


(Michael usou essa jaqueta aberta também em algumas performances do medley Jackson 5)

Jaqueta Thriller:

Para a performance de "Thriller" na Dangerous World Tour, Michael substituiu a sua famosa jaqueta vermelha por uma jaqueta na cor amarela.

Michael Bush, conta em seu livro que Michael sempre gostou dos efeitos luminosos em seus trajes. E para a Bad Tour um grande desejo do Michael foi realizado, com as luzes que se acendiam enquanto ele performava "Thriller", porém os materiais necessários para este efeito traziam alguns incômodos para a apresentação, visto que o material com o qual a jaqueta era feito, além de pesado, era também muito rígido e isso, de certa forma, limitava um pouco o movimentos do Michael. 
Para as apresentações de "Thriller" na Dangerous Tour (e mais tarde também na HIStory Tour), Michael Bush e Denis Tompkins tiveram a difícil missão de encontrar uma solução para este problema do material a ser utilizado, satisfazer as expectativas de Michael e trazer "luz" para este figurino, de uma forma que ele tivesse total liberdade para executar seus movimentos de dança.

Então, a jaqueta produzia por eles, foi confeccionada com um tecido que "acendia" quando refletia a luz negra utilizada no show, e por ser de um tecido muito mais flexível e leve, foi ideal para suprir a necessidade de "iluminar" a cena.

Veja o trecho de uma entrevista em que Michael Bush, explica essa questão:


MJJC: Por que a jaqueta de "Thriller" em Dangerous e HIStory tour eram amarela e não vermelha como no curta-metragem? Foi uma preferência do Michael?

MLB: Durante esta turnê, trabalhamos com cores que brilhavam no escuro sob luz negra, por esta razão que trabalhamos com esta cor.


Estes detalhes "fluorescentes" também foram utilizados nas roupas dos bailarinos:


Uma outra versão para a decisão da mudança, nos remete ao fato de que Michael queria diferenciar melhor os figurinos de "Thriller" e "Beat it", mas esta não foi confirmada por Michael Bush.






















Veja o efeito no vídeo:

 

Jaqueta Beat It:

A jaqueta Beat it não sofreu alterações na cor, porém o tom de vermelho, o tecido e alguns detalhes foram modificados. Veja a diferença da versão da Bad Tour e a de Dangerous:

 
Acima a Jaqueta Beat It da BAD TOUR e abaixo a Jaqueta usada na Dangerous Tour:




Jaqueta Promocional Oficial produzida para a turnê:



Aqui podemos ver alguns desenhos que Michael entregou a Bush e Tompkins para inspirar os figurinos da guitarrista Jeniffer Batten e dos dançarinos:



   



 

Smooth Criminal:

Para Smooth Criminal não ouveram muitas mudanças do figurino da Bad Tour:


BAD                                                                        DANGEROUS

Billie Jean:

Em Billie Jean também mudanças sutis, como a retirada do brasão no peito na jaqueta:

BAD                                                  DANGEROUS:
 

THE WAY YOU MAKE ME FEEL:

O figurino também não sofreu muitas alterações, a não ser pelo tom de azul da camisa e o tipo de tecido utilizado, mas o conceito continuou o mesmo, tanto do Michael quanto da garota perseguida por ele na performance:


E os figurinos para as novas Black or White, Dangerous, Will you be there e Heal the World:

Black or white (bem parecido com o figurino utilizado no curta-metragem)



Dangerous 


Will be there 


Man In The Mirror, Michael usou suas famosas camisas com ombreiras CTE 
(saiba o que significa CTE clicando AQUI )




Alguns dos figurinos de Heal the world:









"Working day and night"

Talvez o figurino que tenha sofrido a maior alteração é o da performance da música "Working day and night"

O macacão branco (chamado de ''magic jumpsuit'') usado na BAD Tour foi substituído pelo uniforme de duas peças de jaqueta furta-cor com predominância do dourado e uma calça azul de tecido "plastificado".

Conforme informações de Michael Bush, este figurino da Dangerous Tour foi inspirado nos uniformes e equipamentos de segurança dos trabalhadores da construção civil.
Veja a diferença:

BAD:



DANGEROUS:






Veja abaixo no vídeo Michael performando com este figurino. Esta roupa era especialmente desenvolvida para facilitar ainda mais a troca dos figurinos, pois ao final desta performance acontecia um show de ilusionismo, onde Michael desaparecia no meio do palco e aparecia do outro lado já com o figurino de Beat it, portanto ele fazia toda a performance de "Working day and night" com parte do figurino de Beat it por baixo:



* Resolvi incluir este vídeo também pois é muito interessante rsrs. Michael ensaiando a mesma música, com o figurino:



Michael não performou esta música na segunda parte da turnê

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SET LIST:
O set list original da primeira etapa incluiu canções "The Way You Make Me Feel" e "Bad", mas estes foram retirados após o oitavo concerto em Oslo, Noruega. No entanto, estas duas canções foram reinseridas para as quatro primeiras apresentações em Tóquio, no Japão, em dezembro de 1992.
Veja uma das interpretações de "BAD" ainda na primeira etapa da turnê (Monza, Itália 1992):




*Reparem que os ensaios incluíam a performance da música "Remember the time", mas ela não foi apresentada em turnê. Algumas informações encontradas na internet dizem que Michael tirou essa música do show devido problemas com o figurino (a saia de um dos dançarinos caiu durante os ensaios e Michael ficou com medo que isso acontecesse no show ao vivo). Outras informações dizem que foi por que ele achou que o material referente a este álbum já estava suficiente para o show. Porém, nenhuma das informações foi oficialmente confirmada.

Veja vídeo dos ensaios desta música:


SET LIST DA 1ª PARTE:


SET LIST DA 2ª PARTE:


Datas e Locais de apresentação clique aqui

Siedah!

*Durante a turnê "Dangerous", Michael cantou "I Just Can not Stop Loving You" ao vivo no palco com sua parceira de dueto Siedah Garrett.

Siedah que, apesar de ter gravado a música "I Just Can't Stop Loving You" em dueto com Michael para o álbum BAD e ter composto a lindíssima "Man in the mirror" para este mesmo álbum, não participou da primeira turnê solo de Michael, pois estava trabalhando em seu próprio material musical.
As lembranças de Siedah sobre a turnê, segundo ela mesma, são muito marcantes e especiais. Em um dado momento Siedah nos conta uma das histórias que aconteceu durante a passagem da "Dangerous Tour" pela Argentina. Ela conta que Michael já estava sofrendo com algumas histórias que estava saindo nos tablóides sobre ele, o clima era um pouco pesado, então, no intuito de "descontrair o ambiente" Siedah teve a ideia de mudar um pouco seu visual para cantar a sua parte no famoso dueto, quando ela e Michael ficam em evidência no palco. Siedah colocou uma peruca loira, mas não o avisou, veja a cara de surpresa dele no momento em que percebe uma "loira" entrando cantando no palco:


Ainda sobre a "Dangerous Tour" Siedah também deu este lindo depoimento:


Michael era muito espiritual, e sempre conduzia sua banda em oração antes de cada show. Um desses dias eu me atrasei por causa da make-up antes de um show, e a oração estava terminando. Vendo a minha decepção, Michael me puxou de lado e orou apenas ele e eu. Ele era apenas um homem gentil e atencioso. Ele era uma alma bonita.

Veja mais sobre o trabalho de Siedah com Michael clicando AQUI

SHE'S OUT OF MY LIFE:

Assim como na "Bad Tour", durante a performance de "She's out of my life" uma fã sortuda era autorizada a subir no palco para abraçar e dançar com Michael.


(meninas respirem fundo!) 


Vejam o vídeo deste momento:





"WILL YOU BE THERE?"

Outro momento mágico no show era ao final da apresentação da música "Will You There".
A primeira vez em que Michael performou Will You Be There foi em 1991 no MTV 10th Anniversary, quando ganhou o prêmio de Melhor Trilha Sonora de um filme. Michael cantou a música acompanhado de um coral gospel. No final da canção enquanto Michael falava uma criança traduzia para a língua de surdos e mudos (no show do Brasil este papel foi interpretado pela cantora Sandy), algo que também fazia parte da coreografia cheia de gestos simbólicos. Ao falar os versos finais Michael chorou, um anjo desceu no palco e abraçou-o com as asas. A performance da Dangerous Tour não foi muito diferente da já apresentada na MTV (a diferença mais notável é somente o microfone de ouvido).


O "anjo" em algumas apresentações da Dangerous Tour foi interpretado pela dançarina Michelle Berube, que também fazia uma participação especial, com um número de dança na introdução de "Heal the World" 

O "anjo" era suspenso através de cabos e ao final da interpretação de Michael ele era conduzida através de um sistema que o deixava logo atrás dele, e através de acionamento controlado ele fechava suas asas em um abraço protetor no astro.

Veja o momento emocionante:







Introdução de HEAL THE WORLD

A música era precedida por um vídeo de várias crianças ao redor do mundo enquanto uma criança narra os versos da música:

Tradução:

"Pense sobre as gerações e elas dizem:
Nós queremos fazer deste mundo um lugar melhor
Para nossos filhos
E para os filhos dos nossos filhos.

Para que eles vejam
Que este é um mundo melhor para eles
E saibam que podem
fazer deste um lugar ainda melhor."


Então uma bailarina faz um número de dança clássica inspirado também em apresentações de ginástica olímpica com instrumentos, no caso uma bola personalizada como o globo terrestre.

Em uma entrevista Michelle Berule, que fez este número diversas vezes, durante a Dangerous Tour, disse que ela procurava não ficar nervosa, o que era quase impossível pois tinha que performar na frente de milhões de pessoas, e que o seu maior medo era que a bola "fugisse" durante a apresentação, que ela não conseguisse controla-la e de repente ela se atrapalhasse no momento do número, o que , segundo ela, aconteceu uma vez, mas ela continuou o número e Michael entendeu, pois são coisas que acontecem.




No final da música várias crianças, com trajes de diversas culturas ao redor do mundo subiam ao palco e ficavam em volta de um grande Globo Terrestre inflável que surgia no meio do palco.
As crianças convidadas normalmente eram  nos países onde a performance estava acontecendo.



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Jeniffer Batten - Um show a parte

Jeniffer sempre tinha uma participação especial nos shows de Michael, onde em vários deles aparecia com os cabelos "com luzes coloridas" ou quando explodia sua a guitarra com um efeito pirotécnico.

Veja matéria especial com Jennifer Batten Aqui

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ALGUNS FATOS DA PRIMEIRA ETAPA


Durante a primeira etapa, na Europa em 1992, a MTV foi autorizada a filmar os bastidores da turnê, bem como entrevistar as muitas pessoas envolvidas, incluindo profissionais, dançarinos e até fãs, para que fossem apresentadas em um programa especial intitulado Dangerous Diary (Diário Dangerous), apresentado por Sonia Saul.

Veja o documentário em inglês: 



Jackson vendeu os direitos de filmagem de seu concerto em Bucareste, na Romênia, realizado em 1 de outubro de 1992 a HBO por US$25 milhões. O negócio foi o maior já pago por um concerto ao vivo. O concerto foi transmitido ao vivo via rádio e exibido mundialmente com exclusividade pela HBO para 61 países dos vários continentes, e recebeu a classificação mais elevada na TV na história da rede HBO. E mais tarde recebeu o prêmio de maior audiência da história da TV a cabo, onde Jackson foi homenageado com o prêmio CableACE Award, em 1994.


*Em 2005, o concerto foi lançado em DVD como parte da Ultimate Collection e, no ano seguinte, foi lançado como um DVD separado conhecido como Live in Bucharest: The Dangerous Tour. As imagens usadas na versão final é na verdade uma mistura de imagens de Bucareste - A transmissão da BBC, HBO transmissão ao vivo (pay per view) e versão para a TV HBO. 



No entanto para compor o DVD foram utilizadas várias imagens (platéia e outros ângulos diferentes do palco) de shows feitos em outras cidades, como Londres, Frankfurt, Madrid e Roterdã. Estas imagens foram incluídas para dar mais dinamismo ao show.



*Em 31 de dezembro de 1992, durante o concerto de Ano Novo em Tóquio, Japão, Slash fez uma aparição especial para o desempenho de "Black or White". Ele também fez uma aparição especial na mesma canção no concerto em Oviedo, Espanha, em setembro.


Veja um trecho da apresentação em Oviedo:


Para as festas de Natal deste ano de 1992, Michael gravou uma mensagem especial para seus fãs:



"É um verdadeiro privilégio para mim ser capaz de ter esta oportunidade, para enviar para todos os meus fãs uma mensagem sobre o que é um dia muito importante. Hoje de todos os dias, nos concentramos em amar uns aos outros e sobre doação. Vamos fazer isso, não apenas um dia do ano, mas nos 365 dias. A Fundação Heal the World está agora pronta, as doações são de valor inestimável, são também muito tão importantes. Vamos amar uns e outros, vamos esquecer o ódio e se voltar para aqueles que estão sofrendo. Não apenas hoje, mas todos os dias. Junte-se a mim na cura do mundo e vamos torná-lo um lugar melhor. Obrigado"






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SUPER BOWL:

No intervalo entre a primeira e segunda parte da Turnê, surgiu a proposta de apresentação no Super Bowl, que é a final do campeonato de futebol americano,o esporte mais popular nos Estados Unidos.
Michael de primeiro momento estava relutante em fazer este show, mas depois de alguns ajustes entrou em acordo com os organizadores.

Veja um resumo da história:

Um contingente de representantes da NFL, entre os quais Steeg e Arlen Kantarian, na época presidente-executivo da Radio City Music Hall Productions, que estava encarregada de produzir o espetáculo do intervalo, se reuniu em Beverly Hills com o empresário de Jackson, na época, Sandy Gallin. Steeg e Kantarian sentiram que era preciso explicar em detalhes a situação a Gallin, porque acreditavam que Jackson não entendesse muito de futebol americano. "Nós sabíamos que estaríamos explicando a situação a alguém que teria de explicá-la a Michael em seguida", conta Steeg. Em reuniões subsequentes, Jackson exibiu uma ingênua curiosidade sobre um mundo do qual conhecia muito pouco. "Ele fazia perguntas sobre quem estaria na partida, e queria saber exatamente o que o Super Bowl representava", disse Kantarian. O interesse de Jackson se intensificou quando ele foi informado de que a partida seria transmitida para mais de 100 países, entre os quais diversas nações do Terceiro Mundo, e para bases militares dos Estados Unidos em todo o planeta. "Ele comentou que estaria chegando a lugares nos quais jamais poderia fazer uma turnê", recorda Kantarian. "Nós conversamos com ele sobre os torcedores do futebol americanos, sujeitos de classe trabalhadora que talvez não fossem fãs de Michael Jackson, e dissemos que isso representava uma oportunidade para que ampliasse ainda mais a sua base de fãs. Ele com certeza já havia percebido esse aspecto. Era uma pessoa muito atenta e muito tímida". Gallin rejeitou as três primeiras propostas da NFL antes de por fim aceitar o convite, conta Kantarian. Em um determinado momento, o empresário de Jackson pediu um cachê de US$ 1 milhão. "Vocês devem estar brincando", conta Kantarian que ouviu de Gallin. "Estamos falando de Michael Jackson", ao ser informado de que a NFL só paga as despesas dos músicos que se apresentam nos intervalos do Super Bowl. No entanto, a organização doou US$ 100 mil à Fundação Heal the World, que leva o nome de uma das canções que Jackson cantou durante a apresentação. Kantarian se lembra de que Jackson pressionou para cantar suas músicas mais novas, faixas do disco Dangerous, e não os sucessos do passado como Billie Jean. De acordo com Kantarian, Jackson disse que "Billie Jean é só uma canção, não tem significado algum", e também que "vivemos em um novo mundo, e precisamos curá-lo" (uma referência a Heal the World, ou "cure o mundo", o título de seu maior sucesso naquele período).


Veja a apresentação:





Este Halftime Show foi um dos eventos mais aclamados do ano e figura entre os eventos mais assistidos na história da TV americana. Depois de 1993, houve um esforço maior para atrair artistas de peso para os shows.



A apresentação bateu recorde de audiência e este só foi ultrapassado a pouco tempo atrás, depois de quase 20 anos, quando o número de televisores já era muito maior a muito tempo. 

Michael redefiniu o significado das apresentações nos intervalos do Super Bowl, e hoje se apresentar no evento significa um dos auges da carreira de um artista.

Os jogos da final do Super Bowl têm uma grande audiência sempre, porém no momento da apresentação de Michael a audiência ultrapassou até a audiência do primeiro tempo do jogo, comprovando sua fama de atrair atenção onde quer que se apresente.

Leia mais sobre a apresentação no Super Bowl clicando AQUI


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ALGUNS FATOS DA SEGUNDA ETAPA

No dia em que a terceira etapa teve início em 24 agosto de 1993, em Bangkok, na Tailândia, as acusações de abuso sexual infantil contra Jackson foi tornada pública. Três dias antes, um mandado de busca foi emitido, permitindo que a polícia buscasse supostas provas no Neverland Ranch, em Santa Ynez Valley, Califórnia, residencia do cantor.


*Durante sua apresentação em um concerto da ''Dangerous Tour'', na clássica abertura onde ele permanece imóvel, enquanto o publico vai ao delírio; nesse dia, a platéia o aplaudiu mais demorada e calorosamente, numa clara demonstração de apoio a ele contra as acusações que vinha sofrendo.



Ao tirar os óculos, havia uma lágrima..



Em 29 de Agosto, aniversário de Michael, ele se apresentou para 47.000 pessoas, em Cingapura e os fãs cantaram "Happy Birthday To You" antes de "Wanna Be Startin' Somethin'", da mesma forma que, em 1988, em Leeds, Inglaterra, o público de mais de 100 mil fãs cantaram "parabéns" para MJ depois de "Another Part of Me".



Stranger in Moscow:



Durante sua visita a Moscou, em setembro, Michael escreveu a bela canção "Stranger in Moscow", que seria lançado em seu álbum HIStory, de 1995. Foi durante uma época em que Michael se sentia muito sozinho, longe de sua família e amigos, mas todas as noites durante a estada do astro no país, seus fãs ficaram em frente ao seu hotel para apoiá-lo. 



"Stranger in Moscow" acabou por ser um das mais  aclamadas canções do cantor.



Nesta época, Michael enfrentou muitas dificuldades, e especialmente neste show, onde tudo parecia "conspirar contra"...

Veja parte de uma matéria especial sobre este show (logo abaixo o link para ler a história completa):
"Estava chovendo, 50 a 60 pessoas estavam em frente ao palco sob guarda-chuvas, esperando. O show foi suspenso. Houve um silêncio. Sentei-me no meu escritório com a minha equipe. Estava uma pilha de nervos. O projeto acabou, eu tinha perdido. O dinheiro que esperávamos receber antes desta aventura era para pelo menos para um curta-metragem, mas até então tínhamos perdido dinheiro. Eu disse adeus ao meu sonho de fazer filmes. 
Foi quando um dos meus companheiros disse que uma senhora me esperava. Eu estava em choque, totalmente frustrado e eu não me importava com quem queria falar comigo. Ela veio ensopada pela chuva e chorando. Tinha um desenho em suas mãos. Era um desenho de Michael Jackson feito por sua filha. Na verdade, era mais parecido com Che Guevara ou Leo Tolstoy. A senhora me contou uma história horrível sobre sua filha que estava quase cega de nascença - só podia ver por um olho que tinha uma visão de 4%. Ela implorou para eu pedir a Jackson que autografasse o desenho para sua filha quase cega. Acho que foi Deus quem me enviou a velha com o desenho ... Agarrei-o e levei para Michael. Eu juro que eu não pensei no fracasso do show ou do dinheiro que eu havia perdido. Meu único pensamento foi: "E se esta menina recuperar a visão quando ver o autógrafo de Jackson?" 
Entrei no clube e vi Michael Jackson sentado vestido com sua roupa para o concerto completamente imóvel com as mãos no colo. Em seguida, vi seu médico, Marcel Avram, e seu guarda-costas. Eles ficaram surpresos ao me ver com aquele pedaço de papel e não podiam imaginar o que poderia ser. 
Expliquei-lhe através de meu intérprete. Marcel Avram explodiu: "Você está louco! Você perdeu uma quantidade insana de dinheiro! Você fez um trabalho incrível e foi tudo para o inferno! Não tem nada melhor para fazer?" Eu disse: "Sim, eu posso ter perdido, mas eu preciso do autógrafo. E se a moça recuperar a visão? Pense nisso como se você tivesse investido todo o dinheiro para comprar uma empresa!" 
Jackson, que estava ouvindo a nossa conversa, de repente disse a Avram: "Não sabia que a minha assinatura valia tanto ... Eu vou agir. Chamem o povo, por favor, eu não posso cantar em um estádio vazio. E vou precisar de muitas toalhas para secar o palco.. ". 
Em seguida, ele assinou o desenho. Não, eu não posso dizer o quanto eu apreciei aquela senhora ...  
Não me lembro como eu contactei Vladimir Aleshin, o diretor do estádio, para pedir ajuda. Felizmente, ele compreendeu a situação e mandou abrir as portas do estádio. 
Todas as pessoas sem ingressos que haviam se reunido ao redor do palco (graças a Deus, existiam pessoas suficientes lá fora) correram para dentro. 
Enquanto isso, minha equipe, juntamente com um policial encontraram uma loja, quebraram a fechadura (já era tarde e estava tudo fechado) e conseguiram dois conjuntos de toalhas. Escreveram uma nota explicando aos proprietários, e o policial ficou com a conta da loja, para que não se pensasse que a casa havia sido invadida e furtada. 
Hoje, muitos anos depois, é difícil explicar como me senti. Quando tínhamos perdido toda a esperança, de repente tudo começou. Jackson iria subir no palco. Ele atravessou o corredor e subiu as escadas. Seus seguranças o escoltaram lentamente, Jackson estava incrivelmente calmo. Pensei: "Cara, como você vai fazer?" Ele saltou a escotilha do palco em meio a nuvens de fumaça. A chuva não parava de cair. O público esqueceu de respirar.
Acho que ele sabe como reservar suas energias e depois liberá-las para o público ... Michael dançando como um trovão explodiu no céu, confirma Samvel Gasparov. "O estádio inteiro explodiu. Eu nunca tinha visto nada parecido em minha vida. Lágrimas de alegria escorriam pelo meu rosto. Um amigo se aproximou de mim e me ofereceu uma garrafa de vodka. Não percebi a princípio que era álcool, senti a água fria. Eu terminei a garrafa, entrei no carro e fui para casa. Eu não poderia mesmo ficar no estádio - estava tão tenso. Eu não me lembro como cheguei em casa. Naquela noite, minha esposa me disse: você ganhou, o concerto está sendo realizado! Você já fez o seu trabalho. Dane-se o dinheiro! Nós podemos vender a casa e os carros se precisarmos, para pagar as dívidas. O importante é que você fez. Ele está cantando, as pessoas estão ouvindo! "  Claro que não lucrei com o show. Avram,no dia seguinte, só me pediu para pagar as despesas do projeto - Jackson não cobrou seu cachê, que deveria ser em torno de mais de US $ 400.000. Foi um gesto nobre e generoso. Eu acho que ele entendeu que nós fizemos a nossa parte."

(Samvel Gasparov, cineasta russo contratado para produção do show em Moscow, conta a história do concerto de Moscou em 1993.)

Leia a história completa AQUI

Veja imagens deste show:


A turnê ia durar mais tempo (foram realizados apenas 69 shows, 13 foram oficialmente cancelados e ninguém sabe o número exato de shows inicialmente programados), mas devido à pressão, como resultado das acusações de abuso infantil (que estavam gerando grande mídia e atenção da imprensa), e também vários problemas de saúde e lesões, Jackson terminou a turnê no México, em 11 de Novembro
Durante a última parada da turnê Dangerous, Michael realizou cinco concertos esgotados para um total de mais de 550.000 pessoas (105.000 por show), na Cidade do México, no lendário Estádio Azteca.

*Um dos shows cancelado foi o que daria início a turnê no Brasil. O show estava marcado para o dia 12 de outubro de 1993 no Rio de Janeiro

Dangerous Brasil:


Michael desembarcou no Brasil em outubro de 1993 para dois shows históricos realizados no Estádio do Morumbi, em São Paulo. Juntas as apresentações reuniram mais de 200 mil fãs, que até então não haviam assistido um espetáculo daquele porte, com canhões de luz, fogos e uma enorme tela de cristal líquido. 



Michael ficou hospedado na suíte de 750 metros quadrados (equivalente a 14 quartos normais) – são 2900 dólares a diária - do 22º andar no Hotel Mofarrej. 

(Na época o hotel se chamava Sheraton Mofarrej mas agora o Hotel passou a se chamar Tivoli Mofarrej , localizado na Alameda Santos em São Paulo)



Na suíte ocupada pelo astro, já dormiram, entre outros famosos como a cantora Tina Tuner e o ex presidente da União Soviética Mikhail Gorbachev. Trata-se de um complexo com três suítes, duas salas, um escritório e uma cozinha. Ali a diária mais barata gira em torno de 300 dólares. “Hospedar gente do nível de Michael Jackson ajuda a divulgar nossos serviços e a qualidade do apartamento presidencial”, considera Alan. Essa propaganda teve um preço. As telefonistas do hotel quase ficaram loucas com o número de trotes. A cada minuto, eram feitas até 6 chamadas de fãs que imaginavam ser possível falar com Michael Jackson. Muitos se identificavam com nomes de pessoas famosas. “Xuxa” ligou incontáveis vezes.

Aliás, a turnê foi trazida ao Brasil pela empresa de entretenimento de Xuxa, chamada "Xuxa Produções"



Michael recebeu diversas crianças carentes e fez muitas doações de brinquedos pra elas.

Na Foto abaixo, Michael com crianças do orfanato Casa de Maria e da favela de Benfica.


Ele recebeu também fãs e integrantes da polícia militar (a boina que Michael aparece na foto é da polícia militar de São Paulo. Segundo os agentes, Michael gostou muito do uniforme deles, especialmente dessa peça).



Michael e um grupo de fãs


| BASTIDORES: DANGEROUS TOUR BRASIL

22 fãs tiveram a oportunidade de conhecer Michael Jackson nos bastidores antes de começar o show Dangerous World Tour

** Eliana Brito na primeira foto com Michael em 1993 e na segunda foto com Rodrigo Teaser

** Eliana hoje é uma das assessoras de imprensa mais respeitadas no Brasil, em 1993 ela prestava serviço para a Sony Music e coordenou com sua equipe o encontro de MJ com alguns sorteados sortudos.


O atropelamento:

Durante uma visita de Michael a fábrica de brinquedos estrela, durante o tumulto com a multidão de fãs que se apertavam na esperança de ver o astro, um dos carros da comitiva do cantor acabou atropelando o garoto Marcio Alberto de 15 anos, que teve ferimentos na perna e precisou passar por cirurgia.
Ao saber do fato, Michael foi até o hospital, conversou com o garoto e sua família, e pagou a ele uma indenização para ajudá-lo nas despesas médicas para sua recuperação.


Playcenter:

Michael também aproveitou para se divertir no Parque de diversões Playcenter, com alguns convidados especiais:


Durante a visita ao Playcenter, Michael pediu para que tocassem músicas dos Beatles, brincou em várias atrações do parque e apesar de tímido, parecia muito feliz e amigável.
Já próximo das 22:30 horas, antes de sair do parque, Michael pediu algumas das frutas do antigo stand de caramelados, que foram encaminhadas no dia seguinte ao hotel em que estava hospedado. Michael Jackson permaneceu no Playcenter durante duas horas e meia e o fato foi noticiado em todos os meios de comunicação do país.

Uma fã Relembra dos momentos em que esteve com Michael na visita ao Playcenter:

Para mim, a parte mais emocionante da visita foi quando entramos numa atração chamada Casa das Sombras. Havia um funcionário que colocava as músicas no ambiente e inesperadamente acionava um flash de grande potência e, por alguns segundos, sombras e gestos das pessoas ficavam fixados na parede. O Michael ficou encantado e sempre repetia aquela pose dele famosa, segurando a ponta do chapéu com o joelho dobrado. Eu não acreditava que estava lá diante dele, e ainda de forma descontraída, brincando no parque. 

Leia mais sobre este e outros depoimentos sobre a visita ao Playcenter: AQUI

Veja imagens desta visita que vazaram na internet no ano passado, 21 anos depois:


Sandy
Na chegada ao Aeroporto Internacional em São Paulo, Michael foi recebido pela dupla Sandy e Júnior. E Sandy ainda fez uma participação especial no show, traduzindo a mensagem de "Will You Be There" para a linguagem de sinais.





Veja mais informações sobre as visitas de Michael ao Brasil: AQUI

Ouça o áudio de uma parte do show narrada pelo repórter  da Rádio Transamérica:



Reportagens sobre a estada de Michael no Brasil:

Veja entrevista especial com a garota brasileira que subiu no palco para abraçar o Michael:

Publicação by Michael Jackson Brasil.

Cenas do Show no Brasil:





A turnê ia durar mais tempo (foram realizados apenas 69 shows, 13 foram oficialmente cancelados e ninguém sabe o número exato de shows inicialmente programados), mas devido à pressão, como resultado das acusações de abuso infantil (que estavam gerando grande mídia e atenção da imprensa), e também vários problemas de saúde e lesões, Jackson terminou a turnê no Mexico, em 11 de Novembro. Durante a última parada da turnê Dangerous, Michael realizou cinco concertos esgotados para um total de mais de 550.000 pessoas (105.000 por show), na Cidade do México, no México, no lendário Estádio Azteca.



Imagens amadoras do show do México:




Michael doou todo o dinheiro obtido com a "Dangerous World Tour" para os projetos da
"Heal the World Foundation" (Fundação Cure o Mundo) 
e para outras instituições de caridade.

A turnê "Dangerous" foi a maior turnê quee qualquer artista tinha feito, quebrando seu próprio recorde de sua turnê "Bad" [Michael mais tarde quebrou esse recorde com a turnê "HIStory"].


[ Veja Fotos da turnê clicando:  AQUI ]



Ficha Técnica:

Show Criado por: Michael Jackson and Kenny Ortega

Coreografado por: Michael Jackson e LaVelle Smith

"Jam" Coreografado por: Michael Jackson e LaVelle Smith

Diretor Artistico: Michael Jackson

Diretor de palco de designer: Kenny Ortega

Projeção de Set (cenário): Tom McPhillips

Engenheiro de iluminação: Peter Morse
Diretor Executivo: MJJ Productions - Norma E. Staikos
Diretor de Segurança: Bill Bray
Figurinos: Dennis Tompkins and Michael Bush
Cabelo e maquiagem: Karen Faye-Mitchell
Gerente de pessoal: Gallin Morey Associates - Sandy Gallin, Jim Morey

Fotógrafo: Sam Emerson (Veja uma matéria especial com Sam Emerson clique aqui)


Dançarinos



LaVelle Smith


Randy Allaire 


Eddie Garcia 


Michelle Berube 


Yuko Sumida



Jaime King 


Bruno Falcon [Taco] 


Vocals:
Kevin Dorsey 
Vocal & Asst. Musical Director [Bad, Dangerous & HIStory Tours]
Trabalhou como arranjador e produtor para artistas como Michael Jackson, Lionel Ritchie, Stevie Wonder, Whitney Houston ...
Trabalhou nos filmes [trilha sonora e/ou vocais] : Forest Gump, O Rei Leão, Appollo 13, Out Of Africa, A Cor Púrpura, Power Of One, Caça Fantasmas Parte II, When Harry Met Sally ...
Trabalhou novamente com Michael para a "HIStory" World Tour
Começou a trabalhar com The Jacksons na turnê "Victory", em 1984, e tem vindo a trabalhar com Michael Jackson desde



Darryl Phinnessee
Vocal [Bad & Dangerous Tours]
Gravou com a banda Totó ["Love Has The Power", "Out Of Love"], Rod Stewart "MTV Unplugged", Don Henley...
Membro do Coral "The Millennium Choir"
Excursionou com Rod Stewart, como membro da banda.
Participou da trilha sonora de "Under Suspicion" com a música: "Silent Night"


Dorian Holley
Vocalist [Bad, Dangerous and HIStory Tours]
Gravou com:Puff Johnson, Lionel Ritchie, Gladys Knight, Nona Hendryx, Aaron Neville, Johnny Carson, Oprah Winfrey, Thomas Dolby, Jellybean, Robert Townsend, K.T Oslinm, Jay Leno, Dolly Parton, Michael Bolton, Whitney Houston, Stevie Wonder
Compôs para vários filmes e também singles para rádios.
Excursionou com shows de Rod Stewart, James Taylor.
Compôs e produziu o trabalho S.H.E. para Shaquille O'Neal.

Siedah Garrett
Vocal [Dangerous Tour]
Gravou "I Just Can't Stop Loving You" com Michael Jackson, para o álbum "Bad"
Co-escreveu "Man in the mirror" 
Backing vocal de "Man in the mirror"
Gravou com Quincy Jones on "From Q With Love", The Carpenters "Loveliness Album" ["Kiss Me The Way You Did Last Night"], Madonna ["True Blue"], Deco ["Do You Want It Right Now"], Temptations member Dennis Edwards ["Don't Look Any Further"], Donna Summer, Starship, The Commodores, Tevin Campbell, Chaka Kahn, James Ingram...
Escreveu e produziu 3 das 5 músicas indicadas ao Grammy da trilha sonora de "Elmo In Grouchland" (do álbum Best Children's)
Membro da banda "The Brand New Heavies"
Álbum solo "Kiss Of Life"

Veja matéria especial com Siedah Aqui 



Banda:
Greg Phillinganes
Diretor Musical / Teclados [Dangerous Tour, Bad Tour]
Tocou com Michael Jackson na "Dangerous", "Bad", "Thriller", "Off The Wall" and The Jacksons' "Triumph" and "Destiny"
Gravou com: Babyface, George Benson "Living Inside Your Love", Toni Braxton "Secrets", Mariah Carey "Merry Christmas", Eric Clapton ["Something's Happening"], "August", "Journeyman", "24 Nights", "Pilgrim", Exposé "Exposé", George Harrison "Dark Horse Live In Japan", Mick Jagger "Primitive Cool", Jermaine Jackson "Let's Get Serious", Elton John [with Paul Young] ["I'm Your Puppet"], Quincy Jones "The Dude", "Back On The Block", Rickie Lee Jones "The Magazine", Patti LaBelle, "Winner In You", "Burnin' ", Diana Ross "Ross", "Eaten Alive", "Red Hot Rhythm And Blues", Brenda Russell "Kiss Me With The Wind", Paul Simon "The Rhythm Of The Saints", Donna Summer, TLC ["Dear Lie"], "Waiting To Exhale" Soundtrack, Angela Winbush "The Real Thing", Stevie Wonder "Songs In The Key Of Life", "Conversation Peace" and Lionel Ritchie ["Tonight Will Be Alright"] from the "Dancing On The Ceiling" album.
Membro da banda de Eric Clapton, entre 1986 e 1990.
Co-escreveu "Restless Sea" com Jim Wilson
Álbum solo "Pulse"

Veja matéria especial com Greg Phillinganes aqui

Peggy Holmes
Diretor Associado
Trabalhou novamente com Michael na HIStory tour

Ricky Lawson
Bateria [Bad & Dangerous Tours]
Mais conhecido como o baterista de artistas como Michael Jackson, Steely Dan, Phil Collins, Babyface, Os YellowJackets, Whitney Houston, Bette Midler, Quincy Jones, Al Jarreau e muitos outros
Um dos compositores mais respeitados, produtores e arranjadores na indústria da música hoje.
Votado baterista "No. 1" de R & B e e "No. 3" melhor de Pop e Rock numa enquete com os leitores da revista "Modern Drummer" (Bateria Moderna) de 1.999.
Co-fundador do grupo "Yellow Jackets", Rick recebeu dois Grammys em 1986 pela co-produção de "And You Know That" do álbum "Shades", que ele também co-produziu.
Também membro da banda de Eric Clapton.
Gravou com: Whitney Houston "I Will Always Love You", Anita Baker "Sweet Love", James Ingram "I Don't Have The Heart", Lionel Richie "Dancing On The Ceiling". Other writing and/or co-producing credits include tracks for "Only You" Star Trek 5, Barney's Great Adventure - The Movie, as well as Helen Baylor's "There's No Greater Love", and "When You Believe" performed by Whitney Houston and Mariah Carey for the soundtrack to "The Prince Of Egypt"
Álbum solo: "First Things 1st"
Ricky faleceu em 23 de dezembro de 2013



Don Boylette
Baixo [Bad & Dangerous Tours]
Trabalhou com Michael Jackson (BAD e Dangerous ), Sugar Baby (2011) and Cher: Live in Concert from Las Vegas (1999).


Jennifer Batten
Guitarra [Bad, Dangerous & HIStory Tours]
Créditos de vídeo incluem: Natalie Cole's "Wild Women Do", Michael Jackson's "Moonwalker", Sara Hickman's "Take It Like A Man"
1987 turnê "Bad" com a banda de Michael Jackson em turnê pelo mundo para 1 ano e meio tocando para mais de 4,4 milhões de pessoas.
1996/1997 juntou-se novamente a Michael Jackson para a turnê "HIStory"
Tocou com Michael Jackson na apresentação do show do intervalo no Superbowl 27 para 1,5 milhões de pessoas em mais de 91 países ao redor do mundo - a maior audiência televisiva da história.
Álbuns solo: "Above, Below And Beyond", em seguida, gravou um álbum com a banda de blues rock The Immigrants produzido por Michael Sembello. 
Excursionou com The Immigrants.
Último álbum solo: "Tribal Rage"

Jeniffer sempre tinha uma participação especial nos shows de Michael, onde em vários deles aparecia com os cabelos "com luzes coloridas" ou quando explodia sua a guitarra com um efeito pirotécnico.

Veja matéria especial com Jennifer Batten Aqui


David Williams
Guitarra [Dangerous & HIStory Tours]
Trabalhou com a banda The Temptations (como back up)
Participou das gravações de "Off The Wall", "Thriller", "Triumph", "Victory", "Bad" and "Dangerous", and on Bryan Ferry's "Mamouna" tour
Membro da Banda de Michael Jackson desde 1992.
Produziu e foi o diretor musical do show do Intervalo do Super Bowl em 1993 e também no show de Diana Ross.
Gravou com Michael as músicas: "Blood On The Dance Floor", "Stranger In Moscow", "They Don't Care About Us", "Black Or White", "Heal The World" 
Diretor musical e arranjador do curta metragem "Ghosts" do Michael Jackson.


Brad Buxer
Keyboards [Dangerous & HIStory Tours]
Arranjador para Michael Jackson, Smokey Robinson, The Temptations, David Hasselhoff, Yoshiki, Teena Marie.
Membro da banda de Stevie Wonder desde 1985
Tocou novamente com Michael na HIStory Tour.
Gravou com Dionne Warwick, Jermaine Jackson
Tocou para artistas como Coolio, Jon Secada, Bob Dylan, D'Angelo, Zane.
Escreveu muitas trilhas para comerciais de tv.


~~~~x~~~~
Há um lugar no seu coração
E eu sei que é amor
E este lugar pode ser
Muito mais brilhante do que amanhã

E se você realmente tentar
Você descobrirá que não há necessidade de chorar
Neste lugar você vai sentir
Que não há mágoa ou tristeza

Há caminhos para chegar lá
Se você se importa o suficiente com a vida
Crie um pequeno espaço
Crie um lugar melhor

Cure o mundo
Faça dele um lugar melhor
Para você e para mim
E toda a raça humana




Ensaio do show realizado em Neverland:



Show completo da segunda etapa da turnê, em Buenos Aires na Argentina:



Índice deste vídeo:
Brace Yourself 0:00
Jam 5:00
Wanna Be Startin Somethin 15:25
Human Nature 22:50
Smooth Criminal 29:40
Interlude 35:30
I Just Cant Stop Loving You 39:20
She's Out Of My Life 43:37
I Want You Back 50:33
The Love You Save 51:50
I'll Be There 52:50
Thriller 59:05
Billie Jean 01:06:05
Interlude 01:15:50
Will You Be There 01:19:55
Dangerous 01:29:15
Black Or White 01:35:15
Interlude (We Are The World) 01:42:55
Heal The World 01:47:35


2 comentários:

  1. Parabéns por esse incrível post! Amo ler tudo sobre MJ, e a cada leitura, um detalhe a mais, cada vídeo, algo especial que a gente ainda não tinha prestado atenção. Fico muito feliz por esse registro, para que todo fã e qualquer pessoa interessada, possa vir e conhecer um pouquinho mais sobre ele, possa sentir a sensibilidade explícita nesse ser angelical, que veio ao mundo e viveu para deixar essa mensagem de amor, amor que une pessoas de todos os cantos do mundo, a preocupação dele de estender a mão aos q necessitam, não só de alimentos e bem material, mas também aos que necessitam de paz, necessitam de afeto, atenção, carinho.. Ele realmente é tudo! É muito importante que as pessoas sintam isso, sintam a voz que chama para nos amarmos, nos doarmos, uns aos outros e fazer a diferença nesse mundo. MJ vive para sempre através de sua mensagem de amor. Obrigada! :*

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  2. Parabéns pela dedicação em levar adiante essa mensagem, parabéns por dar aos fãs e a qualquer pessoa interessada, a oportunidade de conhecer um pouquinho mais sobre MJ, saber o que realmente move a existência desse homem, como ele se preocupou de verdade em levar ao mundo a mensagem de amor e paz. É muito importante que todos possam conhecê-lo, e senti-lo, sentir a voz que chama para amarmos uns aos outros e nos doarmos com sinceridade no coração. Conhecer o humanitário que usou a arte para alcançar todos que vivem nesse planeta, para que se lembrem de olhar nos olhos e sentir, ir além, fazer a diferença no seu pequeno espaço.Michael é um amor sublime, algo que palavras não podem explicar, tenho um imenso orgulho da existência dele e de estar aqui no mesmo tempo que ele para poder aprecia lo e aprender como ser um ser humano de verdade. Obrigada pelo post incrível. Eu amei!

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