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segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Discurso de Thomas Mesereau no Seminário de Direito Frozen In TIme



Em 2010, foi realizado um Seminário de Direito para convidados, onde discutiu-se sobre os casos contra Michael Jackson. O que se segue é o discurso de Thomas Mesereau, que defendeu Michael contra as acusações de abuso sexual em 2005. Você pode ler os demias discursos no blog The Untold Side of The Story.

Transcrição de "Frozen in Time: uma fascinante visão dos bastidores dos casos
Michael Jackson" Parte 5

Traduzido por Caroline MJ para o The Untold Side of the Story. Se reproduzir, colocar créditos.

Tom Mesereau: Primeiramente, quero agradecer a Los Angeles County Bar Association por terem me convidado, e este é um grande seminário. Nem preciso dizer que tenho uma perspectiva muito diferente do que acabaram de ouvir. Não acredito por um segundo que seja que Michael Jackson molestou nenhuma dessas pessoas, e 12 jurados em Santa Maria, Califórnia, também não. Eles o inocentaram de 10 acusações criminais e de 4 delitos. Eles não o puderam acusar de nenhum delito. Ele era inocente! Agora, a respeito da mídia, eu sei que não tenho muito tempo, mas contarei a vocês algumas coisas a respeito da minha abordagem à mídia nesse caso. Acabei sendo chamado por Randy Jackson, que eu conhecia havia anos. Randy me ligou e queria que eu me encontrasse com ele e seu irmão. Ele é um cara muito inteligente, e disse a mim: "Não gostamos do que nossos advogados estão fazendo com a mídia. Não confiamos no que está acontecendo." Aliás, ele me disse que na primeira ida à Corte, na qual ele estava presente, alguns advogados saíram correndo do prédio e o empurraram para ficarem em frente às câmeras. Ele não gostou disso, nem achava que era de interesse de seu irmão ter esse tipo de comportamento. Uma das coisas que ele disse gostar em mim e em minha parceira Susan Yu é que não achava que éramos "loucos por câmeras". Ele não achava que éramos o tipo de pessoa que basicamente colocariam seus interesses próprios por fama e dinheiro na frente de seu irmão. E a primeira coisa que aprendi quando me encontrei com ele e com seu irmão foi isso: tome muito cuidado com a mídia. Tome muito cuidado com seu desejo de seduzir, tome muito cuidado com seu desejo de lucrar com a destruição do réu. Seja muito cuidadoso. Ficou claro para mim que jamais ganharíamos uma batalha contra a mídia.



Agora entendo que tenha havido alguma discussão sobre Mark Geragos ter estado na TV, mas vou dizer-lhes uma coisa: a mídia no mundo inteiro estava querendo pegar Michael Jackson. O dinheiro estava sob uma condenação. Berry Gordy, que fundou a Motown, me disse depois do veredito: “Você custou bilhões à mídia mundial por causa desses veredictos. Porque essas coisas de que ele seria condenado, mandado para a prisão, uma sentença - que teria sido a maior sentença na história mundial, isso era algo que eles queriam. Era grande, eram negócios. Estavam fazendo o que podiam para transformar em uma condenação.” E ficou muito claro para mim que você nunca manipularia a mídia, ou ganharia um caso na mídia. E você nem deveria tentar. Porque acho que essa idéia de que a mídia é quem ganha os casos é gritantemente superestimada. Porque a mídia disse que Robert Blake seria condenado, OJ Simpson seria condenado, Michael Jackson seria condenado. Se você é levado a manipular a mídia, pode perder o foco onde ele é realmente importante, que é dentro do tribunal. 13 pessoas: o juiz e o júri. Eu apoiei a ordem de silêncio no caso. Dispensei a idéia do Sr. Geragos a respeito dela. Fiz isso por muitas razões. Primeiramente, em um caso grande, se você está lidando com a mídia, eles podem acabar mesmo com a sua energia. Digo, se particularmente você tem um artista como cliente, que está acostumado a lidar com a mídia. Eles podem querer que você responda a todos esses ataques da mídia, e você pode passar 24 horas por dia fazendo isso, e pode se desviar de sua capacidade de se preparar para o que está acontecendo no tribunal, que é onde casos são ganhos e perdidos. Então, apoiei a ordem de silêncio. Não queria ter que responder aos pedidos da mídia. Não achei que tínhamos tempo para isso. Honestamente, eu não queria que o juiz Melville pensasse que eu fosse uma dor de cabeça. Obviamente, ele queria aquela ordem de silêncio. E o que achei foi: "Por que fazer o juiz pensar que queremos dramatizar tudo e deixar tudo muito mais difícil?" Então, apoiei a ordem de silêncio. Achei que o processo que o juiz Melville queria em ação fosse que se você quisesse fazer uma declaração porque havia algo prejudicial por aí, você apresentaria uma declaração à outra parte e a ele, e haveria uma rápida discussão. O juiz Melville nos deu o telefone de sua casa para que pudéssemos discutir se uma declaração deveria ser feita rapidamente ou não. Ele sempre estava disponível para falar sobre aquela questão. E, como ele disse, nunca se negou. Houve uma troca ou outra de termos às vezes, mas nada de mais. Acho que foi tudo bem. Acho que o único procedimento que ele tinha era para entrar com moções e apelações, que não fossem vistas como lascivas. Você abria seu ato processual original sob sigilo. Poder-se-ia abrir um segundo, que era uma versão redigida do primeiro, que tinha que ser preparado de acordo de acordo com certas diretrizes do juiz Melville e que foram criadas para evitar coisas lascivas. E você tinha que achar um terceiro ato processual, que era uma moção a ser lacrada. Era um procedimento bem único. Achei que funcionou muito bem, e elogio o juiz Melville por essa maneira incrivelmente eficiente de lidar com esse ataque da mídia. Como disse antes, eu nunca tinha tido um caso naquele município, e fizemos alguns levantamentos por telefone através de um consultor de júri para tentar determinar o que as pessoas estavam pensando e sentindo. E, mais uma vez, todos fazemos nosso trabalho quando temos que fazer, mas com todo respeito, aquele acordo foi um peso sobre minhas costas. Descobri isso porque o perfil típico de um jurado pró-promotoria indicaria que aquilo que mais incomodava um jurado era aquele acordo. O sentimento era "quem paga essa quantia de dinheiro se é inocente?"Quando fizemos um perfil do típico jurado pró-defesa, o que mais os incomodava era a mesma coisa! "Por que pagar todo esse dinheiro se você é inocente?" Liberei um comunicado de imprensa e fiz uma declaração pública, com a permissão do juiz Melville, claro. Tive que fazer isso. Aquilo incomodava muita gente. E basicamente disse que o Sr. Jackson havia entrado naquele acordo porque seus conselheiros de negócios o disseram para fazê-lo. Não eram eles que assinariam o cheque. Eles queriam que ele continuasse com sua vida de negócios e parasse de sair do rumo por causa desse processo legal lascivo, e que se arrependesse disso. Era algo que eu tinha que fazer porque, em minha opinião, aquilo estava nos matando. Mas ele tinha motivos para fazer aquilo. Muitas pessoas achavam que os 20 milhões de dólares não eram nada perto do que ele possuía, do que tinha, e do que poderia ganhar no futuro. Entretanto, isso incomodava muita gente. Então tive que falar a respeito.



A mídia estava constantemente tentando se envolver. Constantemente, tentando chegar a mim através de várias pessoas, vários meios. Nunca esquecerei a ligação de um idiota, que conseguiu o número do meu celular, e não sei quem era. Ele foi muito, muito direto. Ele disse: "Se você me der alguns documentos quentes, te digo quem no gabinete da promotoria está dormindo com a mídia!" Eu disse: "Não me importo com quem estejam dormindo! Há uma ordem de silêncio!" E desliguei. Mas houve tentativas constantes de tentar lucrar em cima desse caso. Linda Duetch, por quem tenho um grande respeito, que é uma grande repórter de julgamentos do Associated Press, que começou com o caso Manson, ela acompanha quase todos os grandes casos desde então. Ela me disse que foi uma experiência terrível. Disse que odiou o julgamento Jackson. Ela morava em um hotel nas redondezas. Disse que nunca havia ouvido tanta exaltação do fato de que lucrariam em cima desse caso, e isso realmente a perturbava; a extraordinária tabloidização sobre tudo o que acontecia no caso. Enfim, ao apoiar a ordem de silêncio, pude dizer a Michael e a sua família que não podia falar sobre aquilo, que teríamos que ganhar o caso na Corte e que não éramos permitidos. Foi um grande alívio para mim, poder seguir aquele rumo porque, como eu disse antes, você pode ganhar esses casos nos júris, mas não os ganha na mídia, em minha opinião. Você quer se preocupar com a mídia. Você quer colocar boas informações para fora se puder. Você quer ficar por cima se puder. Mas não se deixe levar muito por isso. Perde-se o foco. Começa a achar que é sobre você. Não é sobre você; é sobre seu cliente. E acho que lidamos muito bem com isso.



Susan Yu, minha co-conselheira e parceira de advocacia, tinha seu próprio apartamento não muito longe do tribunal. Boa distância dos hotéis. Eu tinha o meu apartamento. Nossa equipa tinha seus apartamentos. Tínhamos um duplex, que chamávamos de sala de guerra, e basicamente éramos um campo armado. Nem próximos da mídia, nem próximos dos hotéis. Minha programação era ir para a cama às 19:30, 20 horas, e acordar às 3 da manhã. Nunca era visto em um restaurante, nunca visto em um bar, ninguém conseguia tirar uma foto e tentar me colocar em uma posição comprometedora. Eu não fiz isso. Susan ia para a cama muito cedo, se levantava às 3 da manhã, sua equipe ficava acordada a noite toda, às vezes, atualizando livros de testemunhas. E era assim que vivíamos. Vivemos um tipo de existência muito disciplinada, muito reservada e focada durante o julgamento que foi de quase 5 meses. Durante o curso do caso, devo dizê-los, nunca vi tantas testemunhas darem depoimentos tão lascivos e perturbadores, nunca vi tantas testemunhas desmoronarem tão rápido sob interrogatório! Provavelmente, nunca mais verei isso. Quer dizer, quase virou um circo. As pessoas se sentavam ali e diziam que tinha visto as coisas mais horrendas do planeta. Ficava um clima pesado no tribunal. Podia-se quase cortar o silêncio com uma faca. E sob interrogatório, elas simplesmente hesitavam. Agora, vou dar-lhes um exemplo generalizado do que estou falando. A promotoria apresentou evidências de que cinco jovens haviam sido molestados separadamente do acusador do caso. E todos os especialistas diziam: "Essa lei na Califórnia é tão dura, tão severa, não dá para sobreviver a ela. Uma vez que evidências de outro caso similar entram, você está morto, não importa o que tenha acontecido" Bem, começamos nosso caso com três desses cinco jovens que alegaram terem sido molestados, e todos disseram "ele nunca me tocou". O quarto nunca apareceu, e se tivesse, acho estávamos bem preparados para lidar com ele. E esse é o cliente de Larry Feldman. Há muitas outras questões que entram nesse caso sobre as quais não tenho tempo para falar a respeito. Mas vamos dizer que tive muitas informações para ir atrás dele, sem mencionar o motivo do lucro. “Por que você aceita dinheiro, e não vai à polícia e abre um processo? Particularmente, se você for membro da família, você prefere receber dinheiro em vez de a polícia e promotores irem atrás de você criminalmente?” O que isso lhes diz a respeito da situação? O quinto jovem era um suposto "pastor da juventude" que alegou que Michael havia ter feito cócegas nele pelo lado de fora da calça, e que havia precisado de 5 anos de terapia para lidar com seu trauma. E, aliás, ele queria milhões de dólares, sua mãe queria, e sua mãe vendeu histórias aos tablóides. Então, são eles, as cinco pessoas que a promotoria alegou terem sido molestadas, além desse acusador.



Aliás, de novo, Ron tem uma opinião muito forte a respeito disso, e eu também. O homem era inocente! O acusador nesse caso por quem Ron tem tanta afeição, e é com certeza um privilégio dele, em minha opinião, e acho que provamos isso, havia ajudado sua mãe em uma falsa acusação de assédio sexual contra as lojas JC Penney. Ele era uma criança que havia deposto sob juramento para respaldar a alegação dela de que havia sido sexualmente atacada em um estacionamento por seguranças, e nós provamos que isso era completamente, absolutamente falso! Conseguimos a informação na delegacia. Ela não tinha um hematoma sequer no corpo, ou um fio de cabelo fora do lugar, e disse que não precisava de atenção médica. Ela surgiu algumas semanas depois com fotografias mostrando todos os seus hematomas. E nós tínhamos uma assistente da firma de advocacia que a representou no caso, que ficava me ligando às lágrimas. Ela se sentia devastada sobre o que fazer. Ela disse "Essa mulher me disse que isso nunca aconteceu. E estou com medo de perder o emprego." Um dos advogados da firma testemunhou, acabou abrindo mão desse privilégio, e disse que havia falado com essa mulher a respeito desses eventos. Ela disse ter sido atacada, mas nunca disse que sexualmente até o depoimento. Ele disse que foi a primeira vez que ela veio com aquela história. Ele ficou chocado! Tenho que dizer a vocês que há outro lado, ou um júri muito conservador em Santa Maria, Califórnia, não teria inocentado Michael Jackson tão absolutamente e completamente. Veja, esse jovem, sabe, foi autorizado a dizer o que queria, e ele pode estar indo bem, mas acho que foi pego em muitas mentiras, muitas contradições. Tínhamos um vídeo em que ele e sua família dizem “isso nunca aconteceu”. Temos o áudio gravado de um investigador, onde dizia “isso nunca aconteceu”. E, de repente, as supostas datas do abuso mudaram para depois do vídeo.



Inicialmente, os promotores estavam alegando que o assédio havia começado em certa data, e quando essa evidência foi descoberta, eles colocaram as datas para depois da evidência. Quer dizer, foi como "vamos ajustar ao que temos, e assegurar que vamos em frente com esse caso", em minha opinião. Sei que vamos falar sobre a seleção do júri, mas tenho que dizer a vocês que foi uma seleção rápida. A maioria das pessoas pensa que em casos com grande divulgação, você fica por meses investigando os antecedentes de todo mundo, mas foi em um dia e meio depois de transtornos. Deixei de lado metade de meus prazos e simplesmente participei do comitê, o que pareceu chocar algumas pessoas. Quer dizer, o objetivo não é usar seus prazos; o objetivo é conseguir a melhor comissão de jurados que puder! é para isso que você está lá. E achamos que tínhamos conseguido um que seria particularmente justo. Mas houve algumas decisões controversas que haviam sido feitas ao longo do processo. O julgamento foi agonizante. Deve ter havido 140 testemunhas ou mais testemunhando lá. O juiz Melville era um burro de carga. Estávamos lá cinco dias por semana. Raramente houve dias obscuros durante o julgamento. Eu gostava daqueles horários com pequenas pausas ao invés de apenas uma longa para o almoço. Achei que se encaixou bem com nossa capacidade de voltarmos e nos prepararmos para o próximo dia. Mas foi doído, agonizante. A mídia, o jeito como noticiavam o caso, era simplesmente notável! Eles ouviam um depoimento lascivo, e os repórteres corriam para fora e o noticiavam! Eles não esperavam pelo interrogatório, na maioria das vezes, ou queriam ignorá-lo. O objetivo deles era audiência e renda, o que já era de se esperar porque eles não são nada além de negócios. O objetivo deles era vê-lo destruído. Em relação a controle do cliente, esforços para o cliente, esse foi o melhor cliente que Susan e eu já lidamos. O problema eram as pessoas em volta dele. O pobre Michael Jackson sempre atraiu um grande número de um tipo muito desonesto que tentava se aproveitar dele. Tentavam fazê-lo achar que eram amigos, e depois o enganavam. Estavam sempre se esfregando em nós, advogados sempre tentando se aproximar dele, sempre tentando criticar o que fazíamos. às vezes, eu sentia que estava em guerra mais com a minha própria área do que com qualquer outra, porque nunca se sabia quem chegaria através de Neverland através de quem, para tentá-lo convencê-lo que as coisas estavam indo mal, e que ele precisava deles. Mas o que acontece com celebridades frequentemente é isso: as pessoas querem ficar em torno deles e tentam criar um motivo pelo qual sejam necessárias. O que tentam fazer é desequilibrar a celebridade, deixá-la insegura, aterrorizada, e assustada. Eles criam motivos pelas quais são necessárias, e não querem que os motivos sejam resolvidos porque senão não serão mais necessárias. Então, basicamente, estão sempre tentando manter seus argumentos fracos para manter a celebridade desequilibrada, assustada, e criar uma razão pela qual deveriam estar ali, e Michael era provavelmente o maior alvo desse tipo de coisa que já vi.



A primeira testemunha da promotoria era o Sr. Bashir. Achei que ele foi um desastre para a promotoria. Ele estava insistindo no Privilégio Jornalístico. Ele não respondia perguntas básicas que não poderiam prejudicá-lo se ele as quisesse responder, e ele simplesmente não respondia. E, basicamente, o que eu fiz foi decidir como acho que a maioria dos bons interrogadores faz, contar a minha história através de minhas perguntas. E fiz a ele perguntas longas, como “Não é verdade que Michael Jackson disse a você que jamais tocaria sexualmente em uma criança, que nunca faria aquilo, blá blá blá?” E ele insistiria no privilégio, e então eu fazia minha próxima pergunta: “Não é verdade que quando você confrontou Michael Jackson com A, B, C, D, e E, ele te disse que nunca, jamais faria algo assim?” “Não é verdade que você disse a ele que ele é um pai maravilhoso, etc?”, e assim por diante. Muitas pessoas com quem falei por todo o país ficaram surpresas que a promotoria pôde passar o documentário dele, mas tenho que dizer que Michael Jackson era inteligente o suficiente para ter seu próprio câmera naquelas entrevistas, e havia partes editadas que Bashir manteve fora de seu documentário que pudemos passar para o juiz Melville, porque basicamente os promotores tiveram sua chance com um bando de rumores muito seletivamente editados, e nós tínhamos nossas partes que ficaram de fora do documentário também, e ele negou cada alegação, e disse que cortaria seus pulsos antes de machucar uma criança. Acho que muito do que a promotoria tentou fazer, pudemos neutralizar simplesmente colocando sob uma perspectiva diferente. Os promotores que ouvi hoje à noite disseram que "ele dormia com meninos, ele dormia com meninos, ele dormia com meninos". Bem, mostramos que ele dormia com mães, ele dormia com irmãs, ele dormia com todos os tipos de pessoas porque elas dormir no quarto dele, que é quase tão grande quanto esse prédio. A promotoria queria pegá-lo da melhor maneira que podiam, e eu compreendo isso, mas acho que a pessoa que escolheram como vítima, como acusador, e particularmente a família daquela pessoa, foi realmente um desastre para eles. Eles levantaram uma acusação de conspiração de que Michael Jackson havia planejado uma conspiração criminal para sequestrar crianças, cometer extorsão, e falsamente aprisionar a família. Michael Jackson não podia nem imaginar esse tipo de comportamento, que diria orquestrá-lo. E o que aquela acusação fez a eles, eu não posso entrar nas mentes dos promotores, mas aí vai o que acho que estavam fazendo, é que permitiram que a mãe, que era de fato a chave para muito do caso, trouxesse boatos conspiratórios como exceção. Isso permitiu que eles intimidassem testemunhas que estavam em Neverland porque eles ficariam com medo de ser acusados de conspiração. Grande conspiração aqui! A única pessoa que acusaram foi Michael Jackson. Ninguém mais foi indiciado. Ela traz testemunhos de rumores e as testemunhas que podem negar isso estão aterrorizadas, então eles arranjam advogados. Além disso, faz Michael Jackson parecer esse guru "mafioso", que ele sequer é capaz de ser. Mas a qualquer custo, o julgamento foi em frente, e houve toneladas de surpresas. Na maioria das vezes, fiz meu interrogatório de maneira longa. Alguns demoraram dias, e um deles demorou 4 dias. Decidi que havia tantos fatos em nosso favor para neutralizar essas testemunhas, particularmente esses acusadores, que eu soube que não havia como essas pessoas durarem, não havia como aguentarem os fatos. E não acho que tenham aguentado mesmo. Tínhamos um júri muito responsável que ficou fora por 7 ou 8 dias. Foi o veredicto correto. Aguardo, ansioso, as perguntas. Obrigado.




2 comentários:

  1. Olá, boa noite. Somos da produção do Forever King of Pop no Brasil e gostariamos muito de contar com sua ajuda para divulgarmos o musical aqui no Brasil. O FKOP é o único espetáculo aprovado pela Jackson Foundation e estará aqui no início de 2013. O musical passa pelos maiores sucessos de Michael e conta no seu elenco com uns dos maiores dubles do rei do mundo. O show está em turnê pela Europa e teve a lotação dos teatros esgotadas em todas as apresentações. Nossa fanpage oficial é www.facebook.com/foreverkingofpopbrasil. Curta, ajudem a divulgar. Qualquer dúvida, estamos à disposição

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  2. Também não acredito que ele era molestador.
    Como uma pessoa que amava tanto as crianças poderia fazer algum mal a elas?

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